Eleições 2022

Bolsonaro em referência ao PT: '14 anos de bandidos ocupando o Planalto Central'

Presidente também fez insinuações e relembrou facada: 'Quando eles veem que não podem nos derrotar no voto ou de outra forma, vão para a eliminação do próximo'


Publicado em 31 de agosto de 2022 | 20:58
 
 
 
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O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, voltou a falar em tom crítico ao PT e fazer insinuações sobre momentos políticos que tiveram participação do partido. Em campanha eleitoral, o mandatário enfrenta, neste ano, o candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera a disputa presidencial segundo pesquisas de intenção de voto. 

Sem citar nomes, Bolsonaro fez referência aos governos de Lula, entre 2003 e 2010, e de Dilma Rousseff (PT), entre 2011 e 2016. "Temos que parar um pouco, voltar no tempo e ver para onde estava indo o nosso país, com 14 anos de bandidos ocupando o Planalto Central. Mais do que isso, para onde estava indo as nossas famílias e o futuro de nossas crianças?", questionou. 

Ao comentar sobre a facada que levou no abdômen durante a campanha eleitoral de 2018, ano que em foi eleito, Bolsonaro fez insinuações: "Apareceu uma facada. Quando eles veem que não podem nos derrotar no voto ou de outra forma, vão para a eliminação do próximo. A história nos mostra, de Celso Daniel para cá". Na época, ele disputou o segundo turno das eleições com Fernando Haddad (PT).

"Também, se não fosse uma fatalidade, tenho certeza que Luís Eduardo Magalhães seria eleito em 2002. Não esqueçam disso. Ele infartou ou foi outra coisa que aconteceu?", completou, em referência ao então deputado federal do PFL e pré-candidato ao governo da Bahia em 2002. Magalhães era cotado, ainda, para uma candidatura presidencial. Em 2002, Lula foi eleito para o primeiro mandato.

"Não podemos esquecer que por ocasião do impeachment, o coronel da força de segurança deixou a força. Naquele tempo, vocês lembram daquela panela de pressão em Boston que matou muita gente. Algo iria acontecer em Brasília para que se justificasse o estado de defesa", destacou. Bolsonaro citou o episódio nos Estados Unidos em que bombas foram colocadas em panelas de pressão, na Maratona de Boston, e deixou três mortos.

Bolsonaro afirmou ainda que uma "força sobrenatural" o conduziu em viagens pelo Brasil em 2015, na época de rejeição ao governo Dilma. "Apareceu no meio do caminho o impeachment, graças a Deus. Mais dois anos de PT, o Brasil já estava 'vermelho' hoje em dia", acrescentou. O mandatário e a militância bolsonarista costumam adjetivar os adversários do PT como "vermelhos" e usam as cores verde e amarelo, da bandeira nacional, em forma de apoio a Bolsonaro.

O presidente frisou não ser "herói" ou "mito", como costuma ser chamado por apoiadores, mas um "instrumento de Deus" que assumiu o poder. As declarações foram feitas em jantar com empresários do agronegócio, em Curitiba (PR), na noite desta quarta-feira (31). Antes, Bolsonaro cumpriu agenda de campanha com motociata e comício na capital do Paraná.

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