O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, rebateu as críticas que tem recebido depois do governo federal liberar empréstimo consignado a beneficiários do Auxílio Brasil. Segundo Bolsonaro, trata-se de uma medida para livrar milhões de inadimplentes de agiotas.
"Quando nós acertamos a questão do consignado para o pessoal do Auxílio Brasil e do BPC [Benefício de Prestação Continuada], foi uma maneira de tirá-los das mãos de agiotas. Podem inclusive fazer um acerto com a Caixa Econômica Federal, a Caixa compra essa dívida de vocês e vocês pagam uma dívida menor. Nós estas tirando da inadimplência milhões de pessoas que vão recorrer, já estão recorrendo, repito, no Auxílio Brasil e também no BPC", disse Bolsonaro.
O consignado do Auxílio Brasil começou a valer neste mês de outubro, em meio à campanha presidencial e foi alvo de condenações de opositores que acusam o mandatário de querer aumentar o endividamento da população. Em parecer técnico, o Tribunal de Contas da União (TCU) recomendou que o incentivo seja suspenso.
O presidente ainda fez uma crítica aos governos do PT ao fazer uma analogia com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). "Lá atrás, em segundo plano, era dar um curso superior para o jovem. A intenção era atender aos conglomerados de universidades privadas com recursos do Fies que saíram do Banco do Brasil e da Caixa Econômica", disse.
A declaração foi feita neste domingo (23) em entrevista à Record TV. Bolsonaro foi sabatinado depois de seu adversário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não aceitar participar do debate. Os dois irão disputar o segundo turno presidencial em 30 de outubro.
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