Eleições 2022

Bolsonaro repudia 'ação armada' de Roberto Jefferson e manda ministro ao Rio

Junto ao episódio promovido pelo ex-presidente do PTB, Bolsonaro acrescentou repudiar 'a existência de inquéritos sem nenhum respaldo na Constituição e sem a atuação do MP'


Publicado em 23 de outubro de 2022 | 16:44
 
 
 
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O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, afirmou repudiar a "ação armada" do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) neste domingo (23). O dirigente partidário disparou contra policiais federais que foram à casa dele, no Rio de Janeiro, prendê-lo após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na ocorrência, dois agentes foram atingidos por estilhaços.

Bolsonaro informou que determinou a ida do ministro da Justiça, Anderson Torres, ao Rio de Janeiro para acompanhar o caso. Ao mesmo tempo, o mandatário disse repudiar "a existência de inquéritos sem nenhum respaldo na Constituição e sem a atuação do MP [Ministério Público]", alimentando embates que mantém com o STF e com Moraes.

O mandatário também condenou os ataques de Jefferson à ministra Cármen Lúcia. Na sexta-feira (21), ele publicou um vídeo em redes sociais com xingamentos à magistrada e a comparando com uma "prostituta" e "arrombada" e a chamando de "bruxa de Blair".

"Repudio as falas do Sr. Roberto Jefferson contra a Ministra Carmen Lúcia e sua ação armada contra agentes da PF, bem como a existência de inquéritos sem nenhum respaldo na Constituição e sem a atuação do MP. Determinei a ida do Ministro da Justiça ao Rio de Janeiro para acompanhar o andamento deste lamentável episódio", publicou Bolsonaro no Twitter.

O ministro da Justiça também publicou nas redes sociais sobre o ataque de Jefferson a policiais após a ordem de prisão expedida por Moraes. "Momento de tensão, que deve ser conduzido com muito cuidado. Ministério da Justiça está todo empenhado em apaziguar essa crise, com brevidade, e da melhor forma possível", publicou Torres.

O vice-presidente da República Hamilton Mourão (Republicanos), eleito senador pelo Rio Grande do Sul, lamentou "as falas e repudio o episódio envolvendo o Sr. Roberto Jefferson" e afirmou que "tal estado de coisas acontece porque o sistema de freios e contrapesos não está funcionando".

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