ELEIÇÕES 2022

Campanha de Lula pede ao TSE providências contra escalada de violência política

Citando casos recentes de ataques e assassinatos por motivos políticos, coligação pede que a Corte Eleitoral crie canal de denúncia e adote ações contra a violência


Publicado em 14 de setembro de 2022 | 15:59
 
 
 
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A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à Presidência pelo PT, acionou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para pedir providências que contenham a escalada da violência política contra petistas na campanha eleitoral.

Entre as medidas sugeridas pela equipe de advogados da coligação de nove partidos encabeçada pelo PT (PSB, PV, PSol, PCdoB, Solidariedade, Agir, Rede, Avante, PROS) está a criação de um canal direto, no site do TSE, onde seja possível denunciar os casos de violência política, com ampla campanha de divulgação e instrução para os cidadãos.

Em outra frente, a ação movida pela campanha pede que a Corte Eleitoral adote medidas que reduzam o clima de hostilidade. A coligação argumenta que a violência política tem ameaçado até o direito de um cidadão declarar voto em algum candidato.

"O contexto de intolerância e violência política tem ultrapassado a características de gênero e incorrido sobre os mais singelos atos, como declarar posicionamento político, autoproclamar apoiador de determinado candidato ou simplesmente expressar/manifestar opinião política", sustentam os advogados na ação.

A defesa da campanha de Lula cita recentes episódios de violência política como ilustrativos do "crescente cenário de intolerância". Há uma semana, no 7 de Setembro, o trabalhador rural Rafael Silva de Oliveira, de 24 anos, que apoia o presidente Jair Bolsonaro (PL), matou a facadas e tentou decapitar o colega de trabalho Benedito Cardoso dos Santos, de 44 anos, que era petista, após uma discussão sobre a eleição presidencial. O crime ocorreu em Confresa, interior do Mato Grosso, e o assassino foi preso. 

Dois meses antes, no início de julho, outro crime semelhante teve repercussão nacional. O policial penal Jorge Guaranho, apoiador declarado de Bolsonaro, invadiu a festa de aniversário do tesoureiro do PT e guarda municipal Marcelo Arruda e atirou contra ele, matando-o no local da festa, que tinha como temática o PT e o ex-presidente Lula.

Guaranho foi preso após ficar um mês hospitalizado, pois antes de morrer, Arruda se defendeu e também atirou contra o policial. O crime ocorreu em Foz do Iguaçu, no Paraná.

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