Christopher Guimarães Laguna, presidente do Novo em Belo Horizonte, afirmou que o partido deve seguir como Novo, mesmo sem ter cumprido a cláusula de barreira nessas eleições. "O partido perdeu o fundo partidário, que já não utilizava, e o tempo de TV e rádio. A tendência é não optar pela fusão", disse em entrevista para o Café com Política, do Super N 1ª edição, da Rádio Super 91,7 FM, desta quarta-feira (19).
Laguna comentou sobre a redução das bancadas da legenda em todo o Brasil e também em Minas Gerais. Ele, que atuou na coordenação das candidaturas proporcionais do partido nessas eleições, disse que o governador Romeu Zema (Novo) está "preocupado e chateado" com a redução da bancada de deputados mineiros, mas está confiante que a relação entre os poderes executivo e legislativo, neste segundo mandato de Zema, será mais produtiva, com consequente aprovação de projetos de interesse do Estado.
O presidente do Novo na capital fez críticas à proibição do diretório nacional para que o partido tivesse candidatos a prefeitos e vereadores nas eleições de 2020. Na sua avaliação, essa decisão enfraqueceu a legenda no interior. "Com isso, nas eleições deste ano, faltaram lideranças do interior para compor as chapas do Partido Novo com mais competitividade", avaliou.
Laguna ainda afirmou que a eleição foi polarizada com o protagonismo de velhos políticos e eximiu o governador Zema de qualquer culpa pelo desempenho ruim da legenda. Segundo Laguna, o partido esperava fazer cinco cadeiras na Assembleia Legislativa, mas fez apenas duas. Ele disse que os eleitos, Dr. Maurício e Zé Laviola, já tinham liderança regional reconhecida. "O partido apostou em novos nomes que foram bem apenas nas próprias cidades que não conseguiram se eleger por não serem lideranças regionais", acrescentou. De acordo com Laguna, o Novo, hoje, está reaprendendo a fazer política.