EM OSASCO

Ciro diz que vai ‘negociar à luz do dia” e não negociar com o centrão

Candidato do PDT também disse que ajudou Lula a vida inteira mas o petista tomou gosto da burguesia


Publicado em 19 de agosto de 2022 | 17:50
 
 
 
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O candidato à presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, disse que, se eleito, não irá se submeter ao chamado centrão, grupo de parlamentares que compõe a base do governo Jair Bolsonaro (PL) e também teve grande participação em gestões anteriores.

Em visita à antiga fábrica da Cobrasma, em Osasco (SP), onde hoje operam empresas que produzem produtos ferroviários, o pedetista apontou que quase todos os presidentes que assumiram o país desde 1989 governaram com o centrão e sofreram consequências.

"Fernando Collor governou com essa gente e foi cassado. Fernando Henrique Cardoso governou com essa gente e o PSDB nunca mais ganhou uma eleição nacional. O Lula governou com essa gente e foi preso. A Dilma Rousseff governou com essa gente e foi cassada. O Michel Temer governou com essa gente e foi preso. O Bolsonaro está governando com essa gente e está desmoralizado", afirmou.

Ciro disse que irá propor “outro caminho e outro modelo de governança” para que a Presidência da República deixe de ser “testa de ferro da quadrilha de ladrões que assalta nosso país”.

"Eu digo que eu dialogo com quem o povo eleger. Apenas a base do diálogo não será a corrupção nem a fisiologia. Quem o povo eleger eu vou negociar. Só que eu vou negociar à luz do dia, envolvendo uma mediação dos governadores e prefeitos, que tem muito mais força que os lobbys e grupos de pressão que orientam a fisiologia e a corrupção”.

Em discurso a trabalhadores da fábrica, Ciro Gomes voltou a desferir críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao ex-presidente Lula (PT). Segundo ele, Bolsonaro é um “desastre”, mas é fruto de erros dos governos petistas.

“Eu ajudei o Lula praticamente a vida inteira, mas infelizmente, o Lula tomou gosto da burguesia. Deixou a turma do PT meter a mão e roubar e hoje o Lula só aperfeiçoou o que deu no desastre do Bolsonaro”.

No fim da tarde de sexta (19), Ciro cumpriu agenda no Rio de Janeiro, onde fez uma caminhada na Tijuca.

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