Se conseguir viabilizar a candidatura ao Senado, o deputado estadual Cleitinho Azevedo (PSC) afirmou que uma de suas propostas será fiscalizar o Supremo Tribunal Federal (STF). Em entrevista ao ao Super N 1ª Edição, da Rádio Super 91,7 FM, nesta terça-feira (2), o parlamentar avaliou que a atuação dos ministros tem sido de "militância e perseguição".
"Eu não tenho rabo preso com ninguém, É preciso fiscalizar o STF, porque virou muita ideologia e militância, acaba virando perseguição com presidente", afirma Cleitinho, que admitiu que em uma possível reeleição de Jair Bolsonaro (PL) será aliado do presidente.
"Se o presidente ganhar novamente ele vai ter um aliado para questionar e cobrar isso. Por quê o poder legislativo e executivo podem ser questionados e fiscalizados, terem CPI e o poder judiciário não poder ter? A gente vive em uma democracia, quem não teve não teme", disse o parlamentar.
Segundo Cleitinho, há uma resistência dos ministros com as propostas de Bolsonaro. "O que o presidente propõe não pode. Teve a questão da gasolina, que o STF precisava avalizar, mas crime para mim é a gasolina custar R$ 9, reduzir a gasolina é crime eleitoral", questionou o deputado estadual.
Sem detalhar exatamente como fiscalizaria o STF, de acordo com o parlamentar, uma das alternativas é que não haja mais indicação de nomes para o Supremo. A solução, segundo Cleitinho, seria concurso público para os ministros. "É preciso meritocracia, independência. Não pode ser por indicação politica, isso é péssimo. Imagina um presidente indica alguém é preso e volta, ai quem julga é alguém que ele indicou? O problema da política é o rabo preso", analisa.
Na avaliação do pré-candidato a senador por Minas Gerais, os indicados ao Supremo precisariam ainda ter cursado ensino superior completo, enquanto para os outros cargos do poder executivo e legislativo, ele acredita não ser necessário.
"Eu não tenho (curso superior), não tem problema nenhum, porque eu defendo o povo. O mesmo vale para o executivo, porque vi muita gente com curso superior roubando e fazendo um monte de coisa errada, ficando até preso. A maior virtude é ter caráter", pontuou.