Eleições 2022

DATATEMPO: Bolsonaro reage entre jovens, e Lula cresce entre mais velhos

Petista também subiu entre católicos, e presidente ampliou vantagem entre evangélicos


Publicado em 30 de setembro de 2022 | 02:00
 
 
 
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Desde o início da campanha impulsionado pelos eleitores mais jovens, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem agora uma vantagem expressiva sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL) entre os mais velhos, aqueles com mais de 60 anos, pelo menos em Minas. De acordo com dados colhidos pelo instituto DATATEMPO entre 24 e 27 de setembro, o petista viu sua frente crescer nessa faixa, enquanto o chefe do Executivo registrou alguma recuperação na faixa daqueles que têm entre 16 e 24 anos. Os dados estratificados ainda apontam a ampliação das divergências entre católicos e evangélicos e uma pequena melhora de Lula em todas as faixas de renda.

Desde o início da campanha impulsionado pelos eleitores mais jovens, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem agora uma vantagem expressiva sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL) entre os mais velhos, aqueles com mais de 60 anos, pelo menos em Minas Gerais. De acordo com dados colhidos pelo instituto DATATEMPO entre os dias 24 e 27 de setembro, o petista viu sua frente crescer nessa faixa, enquanto o chefe do Executivo registrou alguma recuperação na faixa daqueles que têm entre 16 e 24 anos. Os dados estratificados ainda apontam a ampliação das divergências entre católicos e evangélicos e uma pequena melhora de Lula em todas as faixas de renda.

Gênero

Depois de aparecer numericamente atrás de Bolsonaro entre os homens no levantamento anterior, encerrado em 9 de setembro, Lula voltou a aparecer na frente agora, embora esteja empatado com Bolsonaro considerando a margem de erro de 2,53 pontos percentuais para mais ou para menos. Enquanto o petista subiu de 39,9% para 42,5%, Bolsonaro oscilou de 42,1% para 40,4%.

O que sustenta a frente mais tranquila de Lula em Minas, porém, continua sendo a força expressiva entre as mulheres, faixa na qual houve pouca alteração. O petista passou de 42,9% para 43,9% em pouco menos de 20 dias, enquanto o presidente foi de 28,6% para 29,4%.

Faixas etárias

Na estratificação por idade, nota-se que Lula viu a distância diminuir entre os mais jovens, graças a uma reação expressiva de Bolsonaro. Enquanto o petista passou de 49,7% para 49,2%, o chefe do Executivo pulou de 28,1% para 34,6%. Na faixa seguinte, de 25 a 34 anos, houve apenas pequenas oscilações, com Lula indo de 39% para 39,9% e Bolsonaro passando de 37,2% para 37,5%.

Parte do que perdeu entre os mais jovens, Lula recuperou na faixa de 35 a 44 anos. Nesse grupo, Bolsonaro venceria por 42,3% a 36,7% no início do mês. Agora eles estão empatados com 39,8% cada um. Já no grupo de 45 a 59 anos, os dois cresceram. Lula avançou de 42,2% para 45,2%, enquanto Bolsonaro foi de 30,6% para 34,7%.

A faixa em que Lula mais viu sua distância aumentar, porém, é a dos mais velhos. Entre os mineiros com 60 anos ou mais, o petista agora tem 43,9% contra 27,9%. No levantamento anterior o placar era de 42,5% a 35,4%.

Por renda

Nas divisões por renda houve alterações pequenas, mas todas favoráveis a Lula. No eleitorado que ganha até dois salários mínimos, o petista oscilou de 47,5% para 49,1%, enquanto Bolsonaro recuou de 29,1% para 27,8%. Na faixa de dois a cinco salários, o petista passou de 40,6% para 42,2%, enquanto o presidente foi de 35,1% para 35,4%. Entre os que ganham mais de cinco salários mínimos, Lula diminuiu levemente a boa vantagem de Bolsonaro. Ele passou de 33% para 35,5%, enquanto o presidente oscilou de 45,2% para 44,7%.

Religião

Nenhum recorte representa mais a divisão do país entre Lula e Bolsonaro do que a estratificação por denominação religiosa. Assim como tem acontecido desse o início dos levantamentos, o presidente é hegemônico entre os evangélicos, enquanto o ex-presidente domina entre os católicos. Nessa rodada do DATATEMPO, essa diferenciação ficou ainda mais pronunciada.

No que diz respeito ao eleitorado católico, a distância do petista para o chefe do Executivo saltou de 11 para 19,4 pontos percentuais. No período de menos de 20 dias, Lula avançou de 43,5% para 48,5%, enquanto Bolsonaro caiu de 32,5% para 29,1%. O presidente, porém, compensou parte da desvantagem crescendo no eleitorado evangélico. Sua vantagem nesse grupo passou de 16,8% para 27,8%. Desde o início de setembro, Bolsonaro foi de 47,8% para 53,1%, enquanto Lula caiu de 31% para 25,3%.

Regiões

A análise de dados das regiões precisa ser feita sempre com cautela. Em razão da quantidade de recortes no Estado, há variações consideráveis e a margem de erro é substancialmente maior em regiões menores de Minas. Em grupos maiores, como a região metropolitana, a zona da Mata, o Sul/Sudoeste de Minas e o Triângulo, essa análise torna-se mais relevante. Na região metropolitana de Belo Horizonte, que contempla 32% do eleitorado mineiro, Bolsonaro reduziu a vantagem de Lula. Ele passou de 30,8% para 34%. Enquanto isso, o petista recuou de 44,2% para 40%. No Sul e Sudoeste do Estado, Lula foi quem cresceu e virou o jogo, passando de 35,8% para 43,9%, enquanto Bolsonaro foi de 43,3% para 32,6%. No Triângulo, o petista descolou-se do atual presidente. Antes, os dois estavam com 37,6%. Agora, Lula tem 44,8%, enquanto Bolsonaro registra 36,4%. Por fim, na Zona da Mata, houve pouca alteração. Lula oscilou de 44,9% para 46,1% e Bolsonaro permaneceu com 34,1%.

Dados de registro

A pesquisa DATATEMPO foi contratada pela Sempre Editora. Os dados foram coletados no período de 24 a 27 de setembro de 2022, em todas as regiões do Estado. Foram realizadas 1.500 entrevistas domiciliares. A margem de erro do levantamento é de 2,53 pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%. A pesquisa registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo nº BR-09375/2022 e no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TER-MG) sob o número MG-01044/2022.

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