MANIFESTAÇÃO

Governo do Distrito Federal espera 500 mil pessoas no 7 de setembro

Aparato de segurança será o maior de uma manifestação na Esplanada dos Ministérios, segundo a PM-DF


Publicado em 04 de setembro de 2022 | 08:00
 
 
 
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O governo do Distrito Federal, responsável pelo aparato de segurança nas manifestações de 7 de setembro na Esplanada dos Ministérios, estima que o local pode receber 500 mil pessoas, somando-se o ato político e o público presente no desfile cívico-militar.

A Polícia Militar do DF espera que o número total de pessoas deve ser semelhante ao do ano passado. Apesar de não estimar oficialmente o público em manifestações, a PM afirma, de forma extraoficial, que cerca de 400 mil pessoas estiveram na Esplanada em 2021. Porém, os números não são unânimes dentro da corporação.

Temendo eventuais turbulências e tentativas de invasão, a PM-DF espera organizar o maior aparato de segurança em uma manifestação na Esplanada dos Ministérios. Por meio de grades e agentes, o acesso ao Congresso Nacional, ao Supremo Tribunal Federal (STF) e a prédios como o Palácio do Itamaraty e o Palácio da Justiça estarão bloqueados.

Além disso, será mobilizado todo o aparato policial da PM, com a suspensão de folgas. O contingente conta com apoio da Polícia Federal, da Força Nacional e da Polícia Rodoviária Federal.

O trânsito da Esplanada será fechado a partir das 17h do dia anterior e todo o público que entrar será revistado. A lista de objetos proibidos tem armas brancas e de fogo, objetos cortantes, lasers, artefatos explosivos, sprays e aerossóis, mastros de bandeiras, vidro, latas, armas de brinquedo e qualquer substância inflamável.

O desfile cívico-militar, que volta a ocorrer após dois anos cancelado devido à pandemia da covid-19, está marcado para às 8h. O governo federal vai gastar cerca de R$ 3,3 milhões, mais que o triplo gasto em 2019, o último antes das restrições sanitárias.

Manifestação

Já as manifestações pró-governo Jair Bolsonaro estão previstas para começar por volta das 13h, na Esplanada dos Ministérios, com carros de som distribuídos pela via. 

Ao contrário do ano passado, está proibida a entrada de caminhões para evitar possíveis tentativas de invasão a algum prédio público, em especial ao STF, alvo prioritário de críticas e ataques dos bolsonaristas. A intenção é, ainda, evitar que cenário ocorrido em 2021 se repita, quando caminhões ficaram estacionados na Esplanada, em frente ao Congresso e em direção ao STF.

No dia seguinte, em 8 de setembro, manifestantes bolsonaristas tentaram furar o bloqueio policial para tentar uma aproximação do prédio da Suprema Corte.

Oficialmente, não há previsão de que o presidente Jair Bolsonaro (PL) faça discurso, mas organizadores dos atos esperam que ele faça um pronunciamento, assim como aconteceu no ano passado. A segurança do presidente ficará a cargo do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

Apesar do aparato de segurança e das tensões envolvendo bolsonaristas e instituições como o STF, os chefes da segurança do evento esperam que neste ano, os ânimos estejam menos acirrados do que em 2021 - em parte pela ausência dos caminhões, que ajudaram a inflar apoiadores.

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