De declarações sobre ‘nunca ter votado no PT’ a uma amizade pessoal com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Alexandre Kalil (PSD), candidato a governador de Minas, encerra a campanha, neste sábado (1), definindo-se “grato” à aliança com o Partido dos Trabalhadores (PT) e à ala petista que abraçou a articulação política no estado.
Acompanhado do candidato à reeleição ao Senado Alexandre Silveira (PSD), do candidato a vice André Quintão (PT) e de Marília Campos (PT), prefeita de Contagem, região Metropolitana de Belo Horizonte, Kalil fez um balanço da aliança entre os petistas e pessedistas em Minas.
“Foi uma grata surpresa. Eu aprendi dentro do Partido dos Trabalhadores (PT) que eles primam pela lealdade. São leais quando fazem aliança quando sabem que há lealdade do outro lado. Tive oportunidade de dizer isso ao presidente Lula”, disse Kalil antes da última carreata no bairro Retiro, em Contagem.
Ainda na pré-campanha, em maio deste ano, o deputado estadual André Quintão foi anunciado como vice na chapa de Kalil ao Executivo estadual. Era o fim de uma negociação que, segundo Kalil, começou com um convite por telefone de Lula para deixar a cadeira de prefeito de Belo Horizonte e investir na corrida ao Palácio Tiradentes.
Colando a imagem a Lula, que visitou Minas por três vezes durante a campanha, Kalil mobilizou a militância petista capital e do interior do estado e chega às vésperas da eleição em segundo lugar nas intenções de voto para o governo.
“Sempre prezei e conduzi na minha vida com muita lealdade e uma ala do PT que veio comigo, o André nem se fala, é meu vice, mas como exemplo aqui em Contagem, a Marília é uma prova cabal. Estive em Juiz de Fora, com a Margarida [prefeita da cidade, Margarida Salomão (PT)], é gente muito leal, muito correta. Nós não podemos pegar um ou dois que tentaram denegrir e fizeram mal feito e levar para o PT”, afirma Kalil.
“O partido me acompanhou, me carregou e se tem uma coisa que eu tenho na vida é gratidão. Independente do resultado, nunca deixarei de ser grato ao presidente Lula e a essa parte do partido que me acompanhou por esse estado inteiro”, acrescentou.
A costura da aliança foi selada após a desistência da pré-candidatura do deputado federal Reginaldo Lopes (PT) para o Senado, que ficou para o atual senador que tenta a reeleição, Alexandre Silveira. Em troca, o PSD ofereceu a vaga de vice ao PT, que, à época, era do presidente da Assembleia, Agostinho Patrus (PSD).