Eleições 2022

Kalil diz ter conversado com Lula sobre renegociação alternativa da dívida de MG

Candidato a governador pelo PSD classificou Regime de Recuperação Fiscal como aberração que representará a morte de Minas Gerais


Publicado em 26 de setembro de 2022 | 15:58
 
 
 
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O candidato a governador de Minas Gerais, Alexandre Kalil (PSD), afirmou nesta segunda-feira (26) que já conversou com o candidato a presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sobre uma renegociação alternativa da dívida de R$ 150 bilhões do Estado com a União.

O governo de Romeu Zema (Novo) defende que a renegociação seja feita por meio do Regime de Recuperação Fiscal (RRF).

Já Kalil afirma que a adesão ao RRF é uma “aberração” que representará “a morte de Minas Gerais em pouco tempo”. O candidato do PSD defende regras específicas para o Estado, embora não tenha detalhado quais seriam.

“É só retirar o regime. Ir para Brasília e conversar com o presidente Lula que está eleito, e já falou que eu tenho razão, para resolver. Já está conversado. Não estou aqui só abraçado com o presidente Lula batendo papo e fazendo comício”, disse Kalil em entrevista ao portal BHAZ.

“Eu não saí da prefeitura (de Belo Horizonte) para enfrentar um problema tão grave como é Minas Gerais igual foi enfrentado nesse governo. Eu saí para fazer a diferença: é por isso que é importantíssimo votar no Kalil e no Lula”, acrescentou ele.

Segundo Kalil, o RRF foi feito com base na situação fiscal do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul e, por isso, não vai funcionar em Minas Gerais.

Se o Estado aderir ao programa, ficará impedido de contratar novos servidores públicos, exceto em casos de reposição de cargos de chefia e assessoramento. 

A Secretaria do Tesouro Nacional (STN), órgão federal que cuida do RRF, entende que essa regra pode não ser cumprida, dependendo da situação financeira de cada Estado, desde que isso esteja expressamente previsto no plano com as medidas que os governos estaduais tomarão para alcançar o equilíbrio fiscal. 

O ex-prefeito de Belo Horizonte criticou a promessa de Zema de abrir seis hospitais regionais diante da possibilidade de não haver expansão do número de servidores públicos.

O governador tem proposto que os hospitais sejam concedidos à iniciativa privada ou gerido por meio de parcerias público-privadas (PPP).

“Isso é uma piada. PPP é o hospital do Barreiro. Mas tem contratação. PPP é escola. Estou falando (do que foi feito em) Belo Horizonte. Mas tem contratação, tem aumento do serviço público se você abrir escola e hospital”, afirmou Kalil.

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