Eleições 2022

Kalil promete que, se eleito, negociará pessoalmente com servidores da segurança

Candidato a governador afirmou que o mesmo vai se aplicar às áreas da saúde e da educação


Publicado em 26 de setembro de 2022 | 20:12
 
 
 
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Candidato a governador, Alexandre Kalil (PSD) prometeu às lideranças da Polícia Civil de Minas Gerais nesta segunda-feira (26) que, se eleito, vai sentar pessoalmente na mesa de negociação para discutir as demandas da categoria. De acordo com o candidato, o mesmo vale para servidores da saúde e da educação.

"Eu prometo uma coisa: mesa. Vão sentar e não é com segundo ou terceiro escalão. Assunto de polícia, seja ela qual for, de educação e saúde, tem que ser tratado pelo governador. Quem senta na mesa para falar 'não' é o governador, olhando para a cara do servidor", afirmou Kalil a cerca de 60 pessoas que estavam presentes na sede do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sindpol-MG).

“E eu tenho uma vantagem: converso bem com vocês (servidores), não tenho medo. Converso bem olhando no rosto falando dá ou não dá. A pior coisa que tem é mexer com quem tem medo. Não tem nada pior. O covarde é horrível. Você grita, ele não mexe no lugar e faz todo tipo de maldade que você puder imaginar”, continuou o candidato do PSD.

O governo Zema enfrentou manifestações e até mesmo uma greve branca das forças de segurança neste ano. Após pressão da categoria no final de 2019, o governador fechou acordo para conceder recomposição salarial em três parcelas (13%, 12% e 12%).

Porém, após aprovação pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Zema vetou as duas últimas parcelas. As forças de segurança voltaram a protestar no início de 2022, já que queriam receber os percentuais que foram vetados, mas o governo insistiu em conceder apenas 10% — inflação registrada nos 12 meses anteriores. 

A categoria ficou pouco mais de 30 dias em greve. Ao fim, a Justiça intermediou um acordo para que fosse ampliado o pagamento de auxílio-fardamento e que a recomposição de 10% fosse paga retroativamente a janeiro.

Kalil também criticou a abordagem de Zema em relação ao Detran-MG. Ao defender que o órgão deixasse de ser subordinado à Polícia Civil, o governador afirmou no ano passado que o Detran é “lerdo” e “muitas vezes corrupto”.

“Não pode falar que a Polícia Civil é corrupta. Pode chamar a corregedoria e falar ‘prende fulano e beltrano porque são corruptos’. É assim que se governa”, afirmou o candidato do PSD.

Ao final do encontro, uma liderança perguntou a Kalil como ajudar a espalhar as propostas dele para eleitores do interior. “Vamos usar a internet, vamos usar o telefone, ligar pra todo mundo, porque vai fazer a diferença. Nós vamos para o segundo turno. E quando começar o segundo turno, acabou a eleição”, afirmou o candidato. 

A pesquisa DATATEMPO realizada no início de setembro mostra que Zema tinha 52,5% dos votos, enquanto Kalil 21,9%. A margem de erro é de 2,19 pontos percentuais e o nível de confiança 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais com o número 02856/2022.

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