ELEIÇÕES 2022

Lula chama atenção para abstenções: 'Quem não vota não tem direito de reclamar'

Ex-presidente cobrou militância a conquistar votos de quem não quer comparecer às urnas e indecisos para vencer no primeiro turno


Publicado em 14 de setembro de 2022 | 14:12
 
 
 
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O candidato à Presidência pelo PT, ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou a atenção da militância presente no Armazém do Campo, galpão do Movimento Sem-Terra (MST), em São Paulo, nesta quarta-feira (14), para que se empenhem na conquista dos votos dos indecisos e dos que estão indicando abstenção, que é quando o eleitor não comparece ao local de votação. 

"Vocês vejam a responsabilidade que vocês têm. Só faltam 18 dias, nós temos quase 20% da população que nas pesquisas dizem que vão se abster, que falam 'não vou votar, não ligo pra voto'. Olha, o cara que não vota significa que depois ele não tem direito de reclamar", afirmou Lula, embora, numa democracia, todos os cidadãos, inclusive os que decidem não votar, tenham direito de criticar e cobrar o governo eleito.

"Então nós precisamos nesses 18 dias, quem gosta de celular, quem fica agarrado o dia inteiro no celular, usando o zap, o Twitter, o TikTok, o 'toktok', é utilizar essa ferramenta pra gente conversar com as pessoas indecisas desse país e mostrar a responsabilidade de mudar esse país", continuou Lula. 

"São só 18 dias e temos que enfrentar a maior máquina de mentiras que já existiu nesse país", acrescentou, referindo-se ao principal adversário na disputa ao Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Essa não é a primeira vez que o ex-presidente convoca a campanha para se empenhar na tentativa de levar a vitória já no dia 2 de outubro, primeiro turno das eleições gerais deste ano.

No dia anterior, terça-feira (13), Lula disse aos comunicadores que o apoiam, numa videoconferência, que ele "nunca fez eleição para ganhar no segundo turno" e que "sempre quis ganhar no primeiro turno", embora isso nunca tenha acontecido nas eleições que disputou e nas duas que ganhou (2002 e 2006).

O encontro com Lula foi organizado por 900 cooperativas de alimentos e lideranças do Fórum Nacional de Economia Solidária. As entidades entregaram ao candidato uma carta com propostas para o setor, com destaque para a  geração emprego, renda e desenvolvimento do país. A mestre de cerimônia do evento foi a apresentadora de TV, culinarista e influenciadora Bela Gil, filha do cantor e ex-ministro da Cultura Gilberto Gil.

Estavam presentes no encontro o ex-governador de São Paulo e candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB), Rosângela Silva, esposa de Lula, e lideranças dos nove partidos que compõem a coligação encabeçada pelo PT (PSB, PV, PSol, PCdoB, Rede, Solidariedade, Agir, Avante, PROS).

No discurso, Lula também voltou a prometer a recriação dos Ministérios do Desenvolvimento e da Micro e Pequena Empresa, além das pastas da Cultura e dos Povos Indígenas. 

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