Lula critica suspensão do piso salarial da enfermagem

O candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta segunda-feira (5) a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, de suspender o pagamento do piso salarial da enfermagem. O ex-presidente também criticou Jair Bolsonaro (PL). Disse que chefe do Executivo 'virou as costas' para a categoria

"Sempre defendi que a enfermagem tivesse um piso salarial. O projeto aprovado é do senador Fabiano Contarato, com relatório do deputado federal Alexandre Padilha, ambos do PT. Bolsonaro vira as costas para profissionais que lutaram na pandemia. Seu filho [Eduardo Bolsonaro] votou contra o piso, assim como seu líder de governo [Ricardo Barros]", declarou em seu perfil oficial do Twitter.

Lula completou, afirmando que Bolsonaro "ainda vetou o reajuste e agora nega-se a destinar recursos para ajudar hospitais, estados e municípios a pagarem melhor os profissionais que salvam vidas. Para arrumar bilhões para seus aliados ele é rápido, mas despreza quem salva vidas no Brasil".

O piso salarial nacional da enfermagem foi aprovado por parlamentares e virou lei em 5 de agosto deste ano, com valor mínimo de R$ 4.750 por mês  para enfermeiros. Técnicos de enfermagem devem receber no mínimo 70% disso (R$ 3.325). Já auxiliares de enfermagem e parteiras têm de receber pelo menos 50% desse valor (R$ 2.375).

No domingo (4), Barroso suspendeu o pagamento do piso. O ministro entendeu que há risco de demissão em massa de profissionais e a redução da oferta de leitos, o que tem potencial para prejudicar o atendimento público e privado de saúde.

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