Eleições 2022

Marcelo Aro defende continuidade do Auxílio Brasil e adesão ao RRF

Relator do benefício e candidato ao Senado, Aro afirma que o Brasil tem orçamento para tornar o programa social permanente


Publicado em 25 de agosto de 2022 | 18:53
 
 
 
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O deputado federal e candidato ao Senado Marcelo Aro (PP) defendeu a continuidade do Auxílio Brasil e a adesão de Minas ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), na tarde desta quinta-feira (25).

Para o parlamentar, que foi relator do benefício no valor de R$600 e do Auxílio Emergencial, ambos criados durante a pandemia da Covid-19, o Brasil precisa investir mais em assistência social e  há dinheiro do orçamento para tornar o programa permanente.  

“Hoje, nós temos esse benefício temporário, até 30 de dezembro. Nós precisamos tornar esse benefício permanente. No meu relatório, eu tornava permanente, mas essa parte foi vetada, mas a luta continua”, declarou em entrevista ao portal Hoje em Dia. 

“Em números completos, gastávamos por ano R$34 bilhões com assistência social no Brasil. Evoluímos para algo em torno de R$ 120 bilhões. Podemos evoluir mais. Países desenvolvidos gastam 2% do PIB com assistência social. Quando tínhamos o Bolsa Família, o Brasil não gastava nem 0,5%. Temos caixa para chegar em R$200 bilhões”, completou o deputado.

Feito para substituir o programa Bolsa Família, criado na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Aro defendeu que o Auxílio Emergencial é mais completo. 

“O Auxílio Brasil é um programa muito mais amplo, que leva em consideração o potencial de cada família para que amanhã ela não necessite mais ser beneficiária de um programa de assistência social. Mudamos todo o mérito do programa, um programa rico, profundo, muito maior do que aquele programa só de transferência de renda como era o Bolsa Família”, disse.

Em relação à adesão de Minas ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), Aro afirma que o programa traz "previsibilidade" no relacionamento do estado com a União. “Sou favorável ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Não tem congelamento de salários, não tem prejuízo. O que faz o RRF é dar uma previsibilidade para os próximos anos”, afirma o político que compõe a chapa do governador Romeu Zema (Novo).

“Nós devemos um valor considerável para União. Uma dívida que não foi feita pelo Zema. Zema, nos três anos e meio como governador, não contraiu um único centavo de dívida para Minas Gerais. Pelo contrário, ele já pagou R$30 bilhões da dívida de governos passados”, completou.

No total, a dívida de Minas com a União é de R$ 141,5 bilhões. A adesão do RRF é o maior embate entre o governo Zema e Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O projeto está no Legislativo desde 2019, e segue tramitando em regime de urgência, sem ser votado, travando as votações da Assembleia. 

A oposição defende que as contrapartidas, como contratação de novos servidores públicos, poderiam dificultar o desenvolvimento econômico de Minas Gerais.

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