O deputado federal e candidato ao Senado Marcelo Aro (PP) defendeu a continuidade do Auxílio Brasil e a adesão de Minas ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), na tarde desta quinta-feira (25).
Para o parlamentar, que foi relator do benefício no valor de R$600 e do Auxílio Emergencial, ambos criados durante a pandemia da Covid-19, o Brasil precisa investir mais em assistência social e há dinheiro do orçamento para tornar o programa permanente.
“Hoje, nós temos esse benefício temporário, até 30 de dezembro. Nós precisamos tornar esse benefício permanente. No meu relatório, eu tornava permanente, mas essa parte foi vetada, mas a luta continua”, declarou em entrevista ao portal Hoje em Dia.
“Em números completos, gastávamos por ano R$34 bilhões com assistência social no Brasil. Evoluímos para algo em torno de R$ 120 bilhões. Podemos evoluir mais. Países desenvolvidos gastam 2% do PIB com assistência social. Quando tínhamos o Bolsa Família, o Brasil não gastava nem 0,5%. Temos caixa para chegar em R$200 bilhões”, completou o deputado.
Feito para substituir o programa Bolsa Família, criado na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Aro defendeu que o Auxílio Emergencial é mais completo.
“O Auxílio Brasil é um programa muito mais amplo, que leva em consideração o potencial de cada família para que amanhã ela não necessite mais ser beneficiária de um programa de assistência social. Mudamos todo o mérito do programa, um programa rico, profundo, muito maior do que aquele programa só de transferência de renda como era o Bolsa Família”, disse.
Em relação à adesão de Minas ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), Aro afirma que o programa traz "previsibilidade" no relacionamento do estado com a União. “Sou favorável ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Não tem congelamento de salários, não tem prejuízo. O que faz o RRF é dar uma previsibilidade para os próximos anos”, afirma o político que compõe a chapa do governador Romeu Zema (Novo).
“Nós devemos um valor considerável para União. Uma dívida que não foi feita pelo Zema. Zema, nos três anos e meio como governador, não contraiu um único centavo de dívida para Minas Gerais. Pelo contrário, ele já pagou R$30 bilhões da dívida de governos passados”, completou.
No total, a dívida de Minas com a União é de R$ 141,5 bilhões. A adesão do RRF é o maior embate entre o governo Zema e Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O projeto está no Legislativo desde 2019, e segue tramitando em regime de urgência, sem ser votado, travando as votações da Assembleia.
A oposição defende que as contrapartidas, como contratação de novos servidores públicos, poderiam dificultar o desenvolvimento econômico de Minas Gerais.