Eleições 2022

Michelle Bolsonaro sobre ação de Tebet contra propaganda: 'Perseguição clara'

Em vídeo para a TV, primeira-dama aparece sozinha citando ações do governo Bolsonaro; ministra do TSE entendeu que ela não poderia aparecer em mais de 25% da inserção


Publicado em 03 de setembro de 2022 | 12:14
 
 
 
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A primeira-dama Michelle Bolsonaro indicou se tratar de uma "perseguição clara" a ação movida pela candidata do MDB à Presidência da República, Simone Tebet, contra a participação dela na propaganda eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição. A referência foi feita sem que a primeira-dama citasse o nome da presidenciável. 

O pedido de Tebet foi aceito pela ministra Maria Claudia Bucchianeri, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na sexta-feira (2), que mandou suspender a transmissão de uma inserção em que apenas Michelle aparecia. A decisão será submetida a referendo do Plenário. Para a primeira-dama, a ação da presidenciável não condiz com o discurso em favor das mulheres.

"A perseguição está clara quando uma mulher diz que tem que votar em mulher, quando uma mulher diz que ela pode estar onde ela quiser, quando uma mulher fala que ela tem liberdade de expressão, mas que daqui a pouquinho ela entra na Justiça e tenta calar outra mulher. Está muito claro, está muito claro. Vamos ter discernimento nesse momento", afirmou.

A declaração foi feita em um evento voltado para mulheres em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, neste sábado (3), promovido pelo PL. Jair Bolsonaro também participou como agenda de campanha. Ao aceitar o pedido de Tebet, a ministra explicou que a participação de Michelle no horário eleitoral gratuito ultrapassou o tempo previsto na lei para apoiadores.

“Ao meu olhar, Michelle Bolsonaro qualifica-se tecnicamente como apoiadora do candidato, e sua participação, embora claramente legítima, não poderia ter ultrapassado os 25% do tempo da propaganda na modalidade inserção”, afirmou Bucchianeri, que também estipulou multa de R$ 10 mil em caso de descumprimento. Veja aqui o vídeo.

Bolsonaro também comentou o pedido de Tebet ao TSE: “Como disse a primeira-dama sobre uma mulher que entrou na justiça para tirar a propaganda dela na televisão, essa mesma mulher, quando foram duas senhoras, a Nise Yamaguchi e a senhora Mayra [Pinheiro], médicas, deporem na CPI, elas foram esculachadas por pessoas sem caráter como Renan Calheiros, Omar Aziz e Randolfe Rodrigues. O que essa senadora fez? Nada. Deixou duas mulheres serem maltratadas pela Comissão. Aí fala ‘mulher vota em mulher, a minha vide é uma mulher’. Mas defender as mulheres na prática, nada”.

Ainda no evento, Michelle falou que tem lutado contra inimigos espirituais e afirmou que orações têm sustentado o governo federal. E declarou: "Bolsonaro é um homem que ama o povo. O meu marido ama o povo". A primeira-dama tem ampliado a participação na campanha eleitoral do presidente em busca de ampliar a aceitação dele entre as mulheres.

Michelle também elogiou a ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, que é candidata ao Senado pelo Distrito Federal e a quem tem se empenhado na campanha. Para ela, "cuidou com tanto apreço, tanto afinco, foi uma defensora daqueles que estavam invisibilizados e que mais precisavam". "A Damares foi uma mulher que nos inspirou e que deu o seu sangue por aqueles que precisavam", acrescentou.

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