Aliado do PT nessas eleições, o candidato a governador de Minas Gerais, Alexandre Kalil (PSD), declarou nesta quarta-feira (24) que não vai “defender o indefensável”, em referência ao governo de Fernando Pimentel (PT).
“Não vamos defender o indefensável. Nós temos uma década perdida. Foram duas administrações muito ruins (a de Pimentel e a de Zema). Se o próprio PT, o próprio Lula, disse que cabe ao PT lamber ferida e reconhecer o desastre que foi, eu acho que não sou eu que vou defender”, afirmou Kalil durante sabatina realizada pelo portal G1.
Em entrevista à rádio Super 91,7 FM na terça-feira (17), Lula disse que cabe ao PT defender a gestão Pimentel.
Kalil também criticou seu principal rival na disputa, o atual governador Romeu Zema (Novo). Segundo o candidato, na sabatina do G1 na segunda-feira (22), Zema citou Pimentel 25 vezes. “Foi tão grotesco que anotamos”, disse.
A estratégia do atual governador é "colar" Kalil no ex-governador do PT. Mesmo na condição de incumbente, Fernando Pimentel sequer foi para o segundo turno nas eleições de 2018.
Além da crítica a Pimentel, Kalil ressaltou que, apesar da aliança com os petistas, quem vai governar será ele.
O candidato do PSD também explicou a fala no Roda Viva em dezembro de 2020 na qual afirmou que o PT, assim como o PSDB, “morreram” em Belo Horizonte.
“Eu não era coligado ao PT. Na minha eleição, o PT era meu adversário. O presidente Lula foi na TV pedir voto contra mim. Isso é da política. Mas respeitosamente. Que o PT e o PSDB tinham morrido na época que eu falei, isso é uma verdade. Tinham feito governos desastrosos. Falei, está falado, isso é uma constatação”, disse Alexandre Kalil. “Agora, nós temos que parar de usar o ruim para justificar o péssimo”.
Em resposta às declarações de Alexandre Kalil, o ex-governador Fernando Pimentel (PT), candidato a deputado federal neste ano, se manifestou por meio de nota:
"Ao longo de mais de 50 anos na militância política, aprendi que campanha eleitoral não é a melhor hora para criticar os aliados. Como estamos em busca de um mesmo objetivo, que é a eleição do Presidente Lula, vou permanecer em silêncio até um momento mais adequado. Até lá, peço aos 2 milhões e 239 mil mineiros e mineiras que votaram em mim, em outubro de 2018, que relevem esse comentário infeliz do candidato e marchem conosco para derrotar Bolsonaro e afastar do Brasil seu nefasto governo", disse o ex-governador por meio da sua assessoria.