A candidata à Presidência pelo MDB, Simone Tebet, responsabilizou nesta sexta-feira (26) a polarização ideológica pela falta de apoio integral do seu partido em torno do seu partido. Alguns integrantes da sigla declararam apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Você tem uma polarização que faz com que alguns companheiros sejam cooptados", disse a senadora durante sabatina do “Jornal Nacional”.
Durante a entrevista, Tebet foi questionada sobre o fato de seu partido ter alas que se envolveram com o fisiologismo e com a corrupção
A senadora respondeu dizendo que o MDB "é bem maior que meia dúzia" de caciques, citando lideranças históricas da legenda como Pedro Simon, Mário Covas e Jarbas Vasconcellos.
Em um quase desabafo, Tebet declarou na sabatina que integrantes de seu partido tentaram impedir a sua candidatura à Presidência da República
"Tentaram puxar meu tapete até pouco tempo atrás. Se tivesse um tapete aqui já teria caído da cadeira também. Tive de vencer uma maratona com muitos obstáculos. Nós tivemos oito candidatos, e eu permaneci".
Tebet foi a última entrevistada do "Jornal Nacional", que, desde segunda-feira (22), sabatinou os quatro melhores colocados em pesquisa divulgada pelo Datafolha no último dia 28.
O primeiro sabatinado foi o presidente da República e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL). O segundo,Ciro Gomes (PDT), na terça (23). Lula (PT) foi entrevistado na quinta-feira (25). Simone Tebet começou a ser sabatina às 20h55 pelo horário eleitoral gratuito.
As entrevistas foram comandadas pelos jornalistas William Bonner e Renata Vasconcellos, que estivem diariamente à frente da bancada.
Todos os candidatos participaram das sabatinas presencialmente nos Estúdios Globo.
O TEMPO agora está em Brasília. Acesse a capa especial da capital federal para acompanhar as notícias dos Três Poderes.