O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, afirmou que a "vitória" no primeiro turno do adversário dele, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi comememorado apenas dentro de presídios. O resultado foi confirmado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2 de outubro. Na ocasião, o petista teve 48,43% dos votos com o apoio de 57,2 milhões de eleitores, enquanto o atual presidente ficou com 43,2% e 51 milhões de votos. Os dois irão disputar o segundo turno em 30 de outubro.
"Eles não têm voto, a gente não entende que votação é essa. O povo não comemorou a vitória do Lula no primeiro turno, a não ser nos presídios, o que é uma verdade. A cada cinco presos, quatro votaram no Lula. O preso que tem a condenação transitado em julgado não vota, é aquele que está preventivamente lá dentro da cadeia [que vota]. Esse pessoal quer a volta do Lula porque o Lula fala claramente ‘o cara roubou o celular pra ganhar um dinheirinho’. São meninos", disse.
Ainda de acordo com Bolsonaro, a campanha de Lula paga apoiadores presentes em comícios do petista. "O povo está com a gente. O outro lado, quando junta três, quatro, cinco mil pessoas, você vê do lado de fora 80 ônibus. A gente tem vídeo que chega do pessoal pagando ali depois do evento R$ 100, aumentou o preço, né", acrescentou.
As declarações foram concedidas em entrevista a um podcast comandado pelos canais esportivos Paparazzo RubroNegro, InstaVerde e Futbolaço na manhã desta sexta-feira (14). O mandatário rebateu as afirmações de que discursou em um comício vazio em Recife (PE) na quinta-feira (13) ao alegar que não se tratava de um evento externo.
No primeiro turno da eleição presidencial, Bolsonaro venceu em 12 estados do Brasil e no Distrito Federal, enquanto Lula teve vitória em 14 estados - incluindo nos nove estados do Nordeste. Depois do resultado, o presidente causou polêmica ao relacionar a vitória de Lula na região ao analfabetismo de parte da população. “Lula venceu em 9 dos 10 estados com maior taxa de analfabetismo. Vocês sabem quais são os estados? No nosso Nordeste”, disse em 6 de outubro.
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