FEDERAÇÃO PARTIDÁRIA

Para secretário do MDB, federação com Podemos, PSDB e Cidadania é viável

Emílio Boaventura, secretário-geral do MDB-MG, disse que as conversas sobre a federação já estão acontecendo e que as vaidades pessoais devem ser esquecidas


Publicado em 08 de novembro de 2022 | 11:00
 
 
 
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Emílio Boaventura, secretário-geral do MDB de Minas Gerais, disse que as conversas sobre a possível composição de uma federação partidária envolvendo MDB, Podemos, PSDB e Cidadania já estão acontecendo. Ele afirmou que esse é um caminho natural para a sobrevivência dos partidos, mas, diante da pluralidade de posicionamentos na legenda, ele defendeu que as vaidades pessoais sejam deixadas de lado e que a federação seja de fato respeitada. O assunto está nas mãos do presidente nacional da legenda, o deputado federal Baleia Rossi. O prazo para formação das próximas federações é 31 de janeiro.

PSDB e Cidadania já estão federados e protagonizaram, em Minas, uma desavença nas eleições para governador. O jornalista Eduardo Costa (Cidadania) foi cotado para ocupar a vaga de candidato a vice-governador ao lado do governador Romeu Zema (Novo), mas o PSDB não concordou. Os tucanos apostaram em candidatura própria para disputar o governo de Minas, no caso o ex-deputado federal Marcus Pestana.

Sobre a composição do ministério do futuro governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Boaventura disse que a escolha da senadora Simone Tebet para assumir algum ministério "é da cota pessoal" do presidente e não necessariamente da cota do partido. Ele emendou que esse protagonismo de Tebet é por mérito próprio e pela sua resiliência em chegar aonde chegou, enfretando, inclusive, divergências dentro do MDB.

Assista à entrevista:

"Além disso, o nome dela vai ser cotado desde agora como candidata natural em 2026, embora as próximas eleições presidenciais ainda estejam longe", afirmou Emílio Boaventura durante entrevista ao Café com Política, do Super N 1ª edição, da Rádio Super 91,7 FM, nesta terça-feira (8). Ele destacou que a legenda respeita as questões regionais, mas que Tebet tem uma grande capacidade de aglutinação e união de forças e que o partido segue com suas divergências, mas unido em torno da senadora pensando num projeto presidencial daqui a quatro anos.

Na visão do secretário-geral, a candidatura de Simone Tebet à presidência neste ano representou um novo tempo para o MDB e a votação dela, no primeiro turno das eleições, foi a maior votação do partido em uma disputa presidencial. "Isso deixa uma grande expectativa de futuro político para ela e para o MDB", assinalou Boaventura. O protagonismo da senadora, se deve, também, ao fato dela ter trazido de volta o antigo ideal do MDB, dos tempos de Ulysses Guimarães.

Em relação ao apoio do MDB ao governo Lula, Emílio ressaltou que esse posicionamento não está condicionado a cargos, e sim a questões programáticas, como a reforma tributária, por exemplo, cujo relator é o presidente nacional do partido, o deputado federal Baleia Rossi. 

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