PRECONCEITO

Por transfobia, Justiça determina exclusão de vídeo de PM candidato

Ação foi movida pela candidata ao Senado por Minas Gerais Sara Azevedo (Psol). Em vídeo, candidato a deputado estadual diz que uso de banheiro por mulher trans coloca crianças e mulheres 'em risco de serem estupradas'


Publicado em 01 de outubro de 2022 | 21:46
 
 
 
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A Justiça eleitoral obrigou a Meta, empresa proprietária do Facebook, do Instagram e do WhatsApp, a retirar do ar o vídeo em que um policial militar candidato a deputado estadual por Minas Gerais profere declarações transfóbicas. A decisão foi tomada neste sábado (1º) pelo juiz Marcelo da Cruz Trigueiro. 

No conteúdo, Cristiano Caporezzo (PL), atual vereador em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, diz que o uso do banheiro feminino por mulheres trans coloca “as nossas mulheres e as nossas crianças em risco de serem estrupadas”. Ainda na gravação, o PM chama a vereadora Marielle Franco, assassinada no Rio de Janeiro em 2018, de “a defunta mais chata do Brasil”. 

A candidata ao Senado por Minas Gerais Sara Azevedo (Psol) quem moveu a ação, em conjunto com a Aliança Nacional LGBTI e o projeto Sleeping Giants Brasil. Além de Caporezzo, a ação também cita o deputado federal cabo Junio Amaral (PL-MG). 

O documento cita outros dois links que deveriam ser retirados do ar. Porém, esses já foram removidos no momento da publicação desta reportagem. Em caso de descumprimento, o Facebook será multado em R$ 2,5 mil, conforme a decisão. 

O juiz ainda deu o prazo de dois dias para que cabo Junio Amaral e Cristiano Caporezzo se manifestem sobre a decisão. Conforme o magistrado, a gravação "denota preconceito", portanto fere a legislação eleitoral.

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