A adesão de Minas Gerais ao Regime de Recuperação Fiscal não é uma opção aceitável para reduzir a dívida do estado com a União e outros credores. É o que sustenta a candidata ao Senado pelo PSOL, Sara Azevedo, sabatinada neste sábado (10) em O TEMPO e na Rádio Super 91,7 FM. Como alternativa, antes de aderir ao regime defendido pelo governador Romeu Zema (Novo) no seu primeiro mandato, ela defende que seja feita uma auditoria dos débitos.
“A gente é a favor da editoria da dívida, porque hoje mais de 70%, um pouquinho mais, é de dívida com união. Ela precisa ser negociada com o governo federal e não pode ser na base da imposição como é o Regime de Recuperação Fiscal”, diz Sara. Atualmente, segundo dados do Portal da Transparência do estado, Minas Gerais tem um estoque da dívida de R$ 160,06 bilhões somados os valores devidos em Real, Dólar e Euro. Somente a dívida interna ultrapassa os R$ 138,4 bilhões.
Ao avaliar o desempenho do governador Romeu Zema, eleito em 2018, na renegociação, Sara Azevedo diz que ele adotou apenas “a imposição” do RRF como caminho para renegociar a dívida.
Além de rechaçar a adoção da RRF, Sara salientou que a proposta levaria a uma potencial perda de recursos e de capacidade do Estado de fazer investimentos. “O (Regime de Recuperação Fiscal), que na verdade é o mesmo nome para dizer austeridade, que é o mesmo nome para chamar de Choque de Gestão, é a mesma coisa é um engessamento do estado. É retirar questões sociais de sobrevivência como a água, energia, etc, que estão sendo utilizados aí para serem moeda de troca. Não pode ser moeda de troca então a garantia de um serviço público de qualidade”, finalizou, relembrando a principal bandeira tucana na gestão pública nos governos Aécio Neves (PSDB), Antônio Anastasia (PSD) e, também, Alberto Pinto Coelho (PP)