ECONOMIA

Simone Tebet sugere ajustes no teto de gastos, mas mantendo a regra

Senadora adota discurso moderado sobre privatizações, um dos pontos centrais de seu plano econômico


Publicado em 25 de agosto de 2022 | 17:40
 
 
 
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A senadora Simone Tebet, candidata à presidência da República pela MDB, defendeu a manutenção do teto de gastos, mas sugeriu que, caso eleita, pode promover mudanças na regra.

Nesta quinta-feira (25), em sabatina a veículos do Grupo Globo, ela disse que uma das virtudes do teto neste ano foi limitar o valor destinado às emendas de relator no Orçamento da União, que ficaram conhecidas como “orçamento secreto” pela falta de transparência na divulgação dos dados.

"Se não fosse o teto, que ainda existe, mas furado, uma verdadeira cratera, com caminhão passando por cima e furando ainda mais essa estrada, o orçamento secreto não seria só R$ 16, 17, 19 bilhões, seria muito mais que isso. Ele é a única âncora fiscal que ficou. Ele pode ser aprimorado? Sim, mas é a âncora que nós temos", apontou.

Tebet voltou a afirmar que o orçamento secreto pode se revelar o “maior esquema de corrupção do planeta Terra” e que ao assumir o Planalto, pretende dar transparência às informações sobre os repasses.

Privatizações

Na entrevista, Simone Tebet adotou um tom moderado em relação a privatizações, uma das principais diretrizes de seu plano de governo. O programa da senadora aponta que o governo dela será “o das concessões, das parcerias público-privadas, das privatizações e da desestatização”. 

Questionada sobre o tema, a candidata se colocou contra a privatização da Petrobras, que chegou a ser sugerida pelo governo Jair Bolsonaro.

"O Brasil está precisando de posicionamentos centrados. Não é 8 ou 80, não é ser totalmente a favor de todas as privatizações ou ser estatizante". [...] Eu sou liberal na economia, mas não sou nem fiscalista sem alma, como disse outro dia Elena Landau [coordenadora do programa econômico], nem muito menos me aproximo desse pseudo-liberalismo do atual ministro da Economia", disse, em crítica ao ministro Paulo Guedes.

Tebet também é crítica da desestatização da Eletrobras, feita pelo governo Bolsonaro e aprovada pelo Congresso em 2021. Na votação do Senado, ela votou contra a proposta e a classificou como “um jabuti”.

O plano de governo da candidata também prevê maiores investimentos privados na infraestrutura viária do país, como rodovias, portos e aeroportos, “e com foco nas ferrovias”.

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