O ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato ao governo de São Paulo, negou que tenha classificado o tiroteio em agenda onde ele participou, nesta segunda-feira (17), como um “atentado”. Em discurso durante a tarde, ele afirmou ter sofrido uma “intimidação”.
“Em nenhum momento eu disse que era atentado. Esse tipo de troca de tiro não é comum. O crime organizado aqui é hegemônico em determinadas regiões, disse.
Tarcísio de Freitas visitava um prédio de uma ação social em Paraisópolis, quando o compromisso precisou ser interrompido por volta das 11h40 após a troca de tiros. Nenhum membro da equipe do candidato ficou ferido e um homem foi morto durante o tiroteio.
“Foi um ato de intimidação. Um recado claro do crime organizado dizendo ‘vocês não são bem vindos aqui. A gente não quer vocês aqui dentro.’ Para mim, é uma questão territorial. Não tem nada a ver com questão política e eleitoral, é territorial”, apontou.
Porém, segundo Tarcísio, quando começaram os tiros, uma pessoa da campanha teria dito que seria necessário retirá-lo do local, pois ele seria “o problema” para os criminosos.
Em coletiva nesta segunda (17), o secretário estadual de Segurança Pública, general João Camilo, afirmou que “nenhuma hipótese está afastada”, mas que os dados da polícia até o momento não apontam que teria havido um atentado contra o candidato.
Logo após o ocorrido, no fim da manhã, integrantes da campanha de Tarcísio e aliados do governo Jair Bolsonaro chegaram a tratar o caso como atentado contra o ex-ministro.
O TEMPO agora está em Brasília. Acesse a capa especial da capital federal para acompanhar as notícias dos Três Poderes.