Eleições 2022

TSE determina exclusão de posts com fake news que ligam IPEC ao Instituto Lula

Informação divulgada por candidato bolsonarista indicava que IPEC funcionaria dentro do Instituto Lula; para ministro do TSE, caso poderia prejudicar andamento eleitoral


Publicado em 04 de setembro de 2022 | 12:56
 
 
 
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O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Paulo de Tarso Sanseverino, determinou a remoção de publicações na internet que dizem que o Instituto de Pesquisa e Consultoria Estratégica (IPEC), que conduz pesquisas de intenção de voto, funcionaria dentro do Instituto Lula. Trata-se de informação falsa, pois as duas entidades mantêm endereços distintos.

O ministro atendeu ao pedido da Coligação Brasil da Esperança, que tem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como candidato à Presidência da República na chapa com Geraldo Alckmin (PSB), que disputa como vice. Dessa forma, as redes sociais Twitter, Facebook e TikTok devem ser notificadas para que, no prazo de 24 horas, removam as publicações em oito links indicados. 

O candidato a deputado federal em Goiás, Gustavo Gayer (PL), também será citado na ação. De acordo com o PT, ele, que tem um canal no YouTube com mais de um milhão de seguidores, foi o primeiro a divulgar o vídeo com a fake news.

"A publicação foi vista e replicada centenas de milhares de vezes em diversos outros perfis. Após a postagem, o influenciador digital retirou o vídeo desinformador do ar e publicou uma retratação voluntária em suas redes sociais. Porém, a fake news já havia sido disseminada por diversas pessoas em várias redes sociais", informou o PT por meio de nota.

A defesa da Coligação Brasil da Esperança apontaram na ação ao TSE que o vídeo tem como objetivo questionar a credibilidade das pesquisas de intenção de voto. Nos resultados, Lula tem liderado a disputa presidencial, à frente do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.

"A liminar aponta que o IPEC não funciona no mesmo endereço do Instituto Lula, o que é confirmado por informações de geolocalização e por diversas agências de checagem. O que as publicações fizeram, maliciosamente, foi tentar confundir o IPEC com o Instituto de Pesquisa e Estudos de Cidadania, razão social antiga do Instituto Lula", acrescentou o PT.

O ministro do TSE alegou que o conteúdo falso pode prejudicar o andamento das eleições. “As publicações que contêm informações inverídicas estão sendo postadas no período crítico do processo eleitoral, em perfis com alto número de seguidores e gerando um alto número de visualizações, o que possibilita, em tese, a ocorrência de repercussão negativa de difícil reparação na imagem do candidato”, afirmou Sanseverino.

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