Eleições

Vanessa Portugal e Indira Xavier participam de ato contra privatização do metrô

Candidatas ao governo de Minas são contra a venda da CBTU e defendem que o metrô de BH continue sendo gerido pela empresa estatal


Publicado em 29 de setembro de 2022 | 19:54
 
 
 
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Duas candidatas ao governo de Minas coincidiram agendas de campanha, na tarde desta quinta (29). Vanessa Portugal, do PSTU, e Indira Xavier, da Unidade Popular (UP), participaram de um ato contra a privatização do metrô. A manifestação foi realizada na Praça da Estação, no centro de Belo Horizonte. 

O governo de Minas Gerais publicou na semana passada o edital com as regras para concessão do metrô de Belo Horizonte à iniciativa privada. Com investimentos públicos e privados de R$ 3,7 bilhões, o contrato prevê a construção da linha 2, que vai ligar o bairro Nova Suíça à região do Barreiro, e a ampliação da linha 1 em mais uma estação no Novo Eldorado, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.

O leilão da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que detém a operação do metrô atualmente, está previsto para ocorrer no dia 22 de dezembro, em um evento realizado na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. O lance mínimo do leilão é de R$ 19 milhões.

“Vão vender o metrô por R$ 19 milhões, esse é o preço de apenas um vagão. E ainda vão repassar mais de R$ 3 milhões para a empresa que ganhar o leilão. É como se eu vendesse o meu carro pelo valor do pneu e, depois, eu pagasse para dar uma consertada inteira no veículo. Isso, além de pagar para que eu pudesse andar no carro. Somos contra entregar a CBTU para a iniciativa privada, pois é um patrimônio nosso. E estão vendendo a preço de banana. Por isso, estamos distribuindo bananas junto com os panfletos para explicar isso para a população. Já temos em Belo Horizonte a experiência dos ônibus, que foram privatizados há décadas e hoje estão lotados, caros e de péssima qualidade”, afirmou Vanessa. 

Indira também fez coro contra a privatização. “A CBTU é uma empresa que tem patrimônio de mais de R$ 700 milhões, terrenos, subestações, e será leiloada com lance inicial de R4 19 milhões. O leilão ainda terá subsídio para que a empresa que ganhar faça supostas melhorias. São mais de R$ 3 bilhões que poderiam ser destinados à própria CBTU para que esta fizesse os investimentos, mantendo a companhia estatal. O governo estadual, assim como o federal, não tem compromisso com as empresas públicas. Precisamos de mobilização para evitar isso e mantermos o metrô 100% estatal ”, completou. 

 

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