O apresentador belo-horizontino Lair Rennó gosta de estar sempre em movimento. “Eu sou hiperativo”, assegura. Por isso, o convite para comandar o “Balanço Geral”, da Record Minas, a partir da próxima segunda-feira (3), foi recebido “com muito entusiasmo.” “É um novo desafio. Vou fazer um programa com a minha cara, com a minha marca. Estou muito feliz por isso, já contando com a audiência consolidada do ‘Balanço Geral’, e, claro, querendo sempre aumentá-la”, espera.

Esta não é a primeira vez que o jornalista estará à frente da atração. Rennó estreou na emissora em fevereiro de 2022, como apresentador do telejornal “MG Record”. Em junho daquele mesmo ano, assumiu temporariamente o “Balanço Geral” com a saída de Mauro Tramonte, quando este se lançou como candidato a deputado estadual. Desta vez, o belo-horizontino volta ao comando do programa também pelo motivo das eleições. Pré-candidato à Prefeitura de Belo Horizonte, Tramonte deixará a Record Minas nesta sexta-feira (31) para preparar o plano de governo para a capital.

Além de apresentar o programa, Rennó também será o editor-chefe do “Balanço Geral”, que vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 11h50 às 15h30, e, aos sábados, das 13h03 às 15h. Com isso, o jornalista deixará o comando do “MG Record”, que vai ao ar de segunda a sexta, às 18h55. O apresentador Garcia Júnior, por sua vez, assumirá o posto deixado por Rennó, que diz se sentir à vontade com as mudanças. “Já estou acostumado. No meu dia a dia, estou sempre à disposição do trabalho”, acentua.

Rennó atribui o convite à sua experiência de quase 30 anos da TV, tanto no jornalismo quanto no entretenimento. O apresentador começou como estagiário na pela Rede Minas. De lá, foi para a Globo Minas, onde apresentou o “MGTV”. Ainda na emissora, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como âncora de telejornais da Globo e da GloboNews e como co-apresentador do programa “Encontro Com Fátima Bernardes.” “O ‘Balanço Geral’ é um misto de jornal e programa, é uma revista. É evidente que ele tem os factuais, mas, mesmo tempo, também tem espaço para celebridades, esporte, diversão, humor e música”, afirma.

Comandar a atração significa, para Rennó, fazer uma das coisas que mais lhe interessa. “O diferencial é que o ‘Balanço Geral’ é um programa que atinge o povo, tem uma identidade popular. É leve e informativo, ao mesmo tempo em que oferece prestação de serviço. Sinceramente, esta é uma das coisas que mais gosto: estar próximo do telespectador. Meu desafio é manter e ampliar essa proximidade, com ainda mais interatividade”, elabora. 

Quando apresentou o “Balanço Geral” pela primeira vez, Rennó disse que sequer percebia a passagem do tempo, sensação esta que ele imagina que se repetirá, mesmo que o programa tenha uma duração de três horas e 40 minutos. “O tempo não é um desafio para mim, porque eu sou um ‘bocudo’ por natureza”, brinca. “Sempre fui muito falante, e como posso conversar bastante durante o programa, para mim, sempre passa rápido demais”, pontua.

“‘Balanço Geral’ é um palco diário”

Nem todo mundo sabe, mas o apresentador Lair Rennó tem também uma veia artística. Caso não se seguisse a carreira jornalística, é possível que se tornasse cantor. Nos anos 90, cantou em bares de BH, teve uma banda no período da graduação e até chegou a gravar um álbum com músicas de Paulinho Pedra Azul. Em 2017, ele se apresentou com o talk show musical “Olá, Lair”, em que contava histórias engraçadas e bastidores da sua profissão, além de interpretar clássicos da música.

Sete anos após ter estreado, o jornalista diz que não há dúvidas de que voltará a se apresentar novamente com o número. “Este é um talk show em que conto histórias da minha carreira, mas as partes que deram errado, que é o que as pessoas gostam. Eu falo das gafes no telejornalismo, dos erros no programa com a Fátima e agora vou atualizar o texto com as histórias da Record. E o ‘Balanço’ é um palco diário, uma maravilha [para conseguir novos causos]. Com certeza vou voltar a fazer este show aqui, em Belo Horizonte”, promete, informado que o projeto está previsto para o segundo semestre.

Por falar na capital mineira, ele conta que a mulher e as duas filhas estão totalmente adaptadas à cidade-natal de Rennó. O jornalista voltou para a capital em 2022 depois de ter morado por 14 anos no Rio de Janeiro. “Eu vim primeiro para cá, e, depois de uns seis meses, elas vieram. Todo mundo já está muito adaptado. Aliás, eu estou surpreendido, porque acho que Belo Horizonte tem uma efervescência e uma movimentação culturais muito maiores comparadas com o período em que saí daqui”, aponta.

Dentre os lugares que gosta de frequentar, ele destaca botecos, restaurantes, casas de shows e teatros, mas seu hobby predileto é passar um tempo com os parentes. “Como eu fiquei muito distante da família, tinha um débito grande com a minha mãe. Hoje, eu moro a dois quarteirões da casa dela, estou todos os dias lá com ela e com meus irmãos, primos, tios… Enfim, com toda a família. Também gosto de estar com os amigos que tenho aqui, que são muitos. Quando morava no Rio, eu sempre estava aqui, mas não com a frequência que gostaria. Agora, é o inverso. Eu vou para Rio quando eu quero, mas estou sempre aqui”, evidencia.