“Sabíamos que Belo Horizonte tinha uma conexão forte com o Hip-Hop e que a cidade merecia um evento à altura dessa paixão. E, desde o início, queríamos criar um festival que respeitasse e celebrasse a rica tradição local, mas também trouxesse algo novo e excitante para o público”, descreve Elizeu Bianco, o DJ Zeu, ao falar sobre como surgiu a ideia de realizar, na capital mineira, o Rap Game Festival – evento que leva, para o Mineirinho, neste sábado (10), artistas como Djonga, Cone Crew, Yunk Vino, Sidoka e Clara Lima, além de coletivos e iniciativas como o Família De Rua e o Duelo de MCs.
Um dos idealizadores do projeto, Bianco defende ainda que o evento, realizado em parceria com o produtor cultural Romeu Marques, chega a sua segunda edição com a missão e responsabilidade de repetir o sucesso do ano passado. Não por outro motivo, a seleção das atrações que vão subir aos palcos exigiu especial cuidado e atenção.
“Queríamos um mix de artistas consagrados e novos talentos que representassem bem o cenário atual do Hip-Hop. Buscamos artistas que têm uma conexão forte com o público de BH e também aqueles que trazem novidades e diferentes sonoridades para enriquecer a experiência do festival”, garante ele, indicando o palco “Fábrica de Hits” como um destaque da programação. “(É um espaço) que traz as tendências mais quentes de Belo Horizonte para o festival”, crava, assegurando que a organização fez questão de incluir vozes femininas e diversas, garantindo que o evento seja inclusivo e represente a pluralidade do movimento Hip-Hop.
Bianco ainda lembra que, neste ano, o festival terá dois palcos principais, o Kings Of Game e o Game Trends, que possuem quase 4.000 m de estrutura. A decoração do primeiro, aliás, é assinada pelo artista Kobra, um dos mais reconhecidos muralistas da atualidade, e tem como tema a conexão entre o morro e o asfalto.
Falando em conexão, o idealizador do projeto diz que o objetivo do festival não é só dialogar com essa vocação belo-horizontina para o Hip Hop, mas também se conectar a ela e incorporá-la. “Estamos trazendo artistas locais para o line-up e proporcionando um espaço para que novos talentos possam se apresentar e serem descobertos. Queremos que o Rap Game Festival seja uma extensão dessa rica cultura Hip-Hop que BH já oferece, oferecendo ainda mais oportunidades para novos artistas brilharem”, diz.
Da frustração do mau tempo às expectativas renovadas
Originalmente, o Rap Game Festival estava previso para março deste ano, mas acabou sendo reagendado devido ao mau tempo de então. Agora, às vésperas do grande dia, “a expectativa está altíssima!”, assinala Elizeu Bianco. “Desde que anunciamos a nova data, a resposta do público tem sido incrível. A interação nas nossas redes sociais é sempre alta; nossos stories frequentemente batem mais de 50 mil visualizações, e a reação nas postagens é sempre muito intensa”, orgulha-se, inteirando que o entusiasmo “é palpável”.
No caso de Bianco, a expectativa é dupla: além de se esmerar na produção e organização do evento, ele também se apresenta com o seu projeto artístico, como DJ Zeu. “Estar nesses dois papéis simultaneamente é um desafio. Mas, de um lado, como realizador, conto com o suporte do meu sócio (Romeu Marques), que me dá segurança na produção e entrega do evento. De outro, enquanto artista, tenho uma equipe que cuida de cada detalhe para garantir que o festival seja perfeito e que o público tenha a experiência que merece”, indica.
“Neste ano, estou especialmente animado porque tenho um convidado mais que especial (no show), o JÉ, que acabou de lançar um álbum e, no repertório, tem alguns clássicos da Recayd”, acrescenta o artista.
SERVIÇO:
O quê. 2ª edição do Rap Game Festival BH
Quando. Neste sábado (10), a partir das 11h
Onde. Mineirinho (avenida Antônio Abrahão Caram, 1.000, São Luiz)
Quanto. A partir de R$ 120 (meia entrada). Ingressos disponíveis na plataforma Showpass.