O ator e diretor Pedro Vasconcelos voltou a falar sobre o período em que se entregou as drogas após interpretar um personagem viciado em uma minissérie exibida pela TV Globo no início da década de 1990.
O primeiro relato aconteceu no Instagram, quando ele contou que o laboratório para viver um dependente químico em "O Portador" (1991) e sua tendência ao vício o lançaram num caminho perigoso e destrutivo, mas que ele conseguiu superar.
Neste domingo (29), Pedro Vasconcelos participou do Domingo Espetacular, onde contou mais detalhes dos momentos difíceis que passou.
"A partir do momento em que experimentei —obviamente eu tenho uma predisposição química para o vício, não é todo mundo que tem, mas muitas pessoas têm—, comecei a mergulhar de cabeça durante o período de gravação. Eu fui muito mais além do que eu deveria ter ido", disse o artista.
O diretor de dezenas de novelas da Globo, como "Alma Gêmea" (2005) e "A Favorita" (2017) contou que as drogas lhe "tiraram a alegria de viver", que "foi um processo autodestrutivo" e que passava dias "chorando, rezando e desesperado".
Pedro Vasconcelos relatou que a pior parte dos anos de vício foi ter perdido muitos momentos em família, sobretudo relativos aos seus filhos Lucas Vasconcelos, nascido em 1997, e Francisco Alencar, de 2008.
"Praticamente não vi meus filhos crescerem, então foi muito dolorido, muito sofrido. Não tem como você escapar do tempo [...] eles são a salvação da minha vida, tudo o que eu tenho", declarou o diretor.
Além disso, Pedro Vasconcelos acredita que as amizades saudáveis o ajudar a se libertar do vício e seguir em frente: "Soltar as drogas, tomar uma decisão e nunca mais encostar um dedo naquilo significa que os seus caminhos se abrem. E os meus se abriram".