O projeto “Histórias que nos habitam” surgiu em 2018, na Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de Belo Horizonte, como uma forma de retribuição ao local onde a multiartista e idealizadora do projeto, Jéssica Tamietti, começou, aos onze anos, a sua trajetória artística. Nesta edição, “Em todo Lugar”, outras mulheres foram convidadas para falar e propor vivências a partir do universo da contação de histórias.
Serão oferecidas duas oficinas gratuitas a cada mês para jovens e adultos, entre abril e outubro, em quatro centros culturais da capital mineira: Centro Cultural Venda Nova, Centro Cultural Santa Rita, Centro Cultural São Geraldo e Centro Cultural Usina De Cultura. A programação desta jornada se inicia com a oficina intitulada “Histórias que nos habitam”, de Jéssica Tamietti, nos dias 26 (sábado), no Centro Cultural São Geraldo, e 30 de abril (quarta-feira), no Centro Cultural Usina.
As inscrições já estão abertas através deste link. Todas as oficinas contarão com a presença de profissional especializado em acessibilidade que é também intérprete de Libras.
“O projeto “Histórias que nos habitam: em todo lugar” é um convite a se conhecer e conhecer o outro pelo ato de ouvir e contar histórias. Ele surgiu quando eu percebi que através das minhas poesias, músicas, textos e palhaçarias eu podia contar as histórias que me habitam. Para a oficina que abre esta jornada de formação, convido aqueles que desejam mergulhar e aprimorar neste ofício a virem comigo. Finalmente, chegaremos à seguinte reflexão: “Quais histórias que me habitam? Quais histórias eu quero contar?” Todos somos responsáveis pela nossa própria história, logo devemos valorizá-la, contá-la, transmitir os valores que acreditamos", diz a artista e idealizadora Jéssica Tamietti.
Técnicas teatrais
A oficina inaugural ”Histórias que nos habitam”, com Jéssica Tamietti, dias 26 e 30 de abril, propõe uma iniciação na narração de histórias e, através de técnicas teatrais, trabalha o corpo, a voz, a relação do contador com o espaço, com o outro e, claro, com suas próprias histórias. Nesta edição especial, outras seis artistas irão partilhar vivências, saberes e histórias em diferentes temáticas.
A atriz e dubladora Alessandra Carneiro, ao longo da oficina “O Caminho da Voz”, nos dias 14 e 31 de maio, irá explorar a fisiologia vocal e sua aplicação na criação de personagens e na contação de histórias.
Em “Pandeiro e Memória”, dias 7 e 25 de junho, Manu Ranilla, Cofundadora do Coletivo Negras Autoras e fundadora de As Panderistas, convidará o público a explorar como a musicalidade do pandeiro pode ser um elo entre identidades, gerações, territórios e a construção da memória coletiva.
Com vasta experiência em linguagem artística na educação infantil, a terapeuta ocupacional Juliana Daher, artista da Cia Pé de Moleque, ofertará a oficina “Narração e Leitura de Histórias Para Bebês e Crianças Pequenas” nos dias 9 e 26 de julho.
Em “Histórias de Lá e de Cá”, nos dias 8 e 23 de agosto, a narradora e comunicadora social Magna Cristina abordará as histórias da África e da diáspora, focando na literatura oral.
Na oficina “Histórias Desencaixadas”, 3 e 13 de setembro, a escritora, palhaça e psicóloga Lilian Amaral convidará o público a olhar a sua trajetória com as lentes do humor, da ludicidade e da expressão criativa para transformar e ressignificar experiências.
Encerrando a jornada com “Parir: a Maternidade na Mitologia”, dias 3 e 4 de outubro, a atriz e palhaça Raissa Guimarães explorará o universo da maternidade em diferentes prismas na intenção de se ampliar e se aprofundar na visão da relação mulher-mãe no campo do simbólico, matéria prima das mitologias. “Acredito que o conteúdo e repertório trazidos por cada uma das artistas convidadas irá enriquecer muito a formação de quem se aventurar nesta jornada. O público certamente vivenciará um potente momento de encontros, trocas e aprendizagens a partir dessa poderosa ferramenta de transformação: a contação de histórias”, finaliza Jéssica.
Serão quarenta e duas horas de formação gratuita e com direito a certificado de participação. O conteúdo dos encontros não é continuado, portanto, os interessados podem escolher quais dias e locais participar. O curso é aberto para todas as pessoas que se interessarem na arte de contar histórias.