Rosane Svartman, autora de folhetins bem-sucedidas, retorna à TV com 'Dona de Mim'

Consagrada no horário das sete da TV Globo, Rosane Svartman retorna à faixa na próxima segunda-feira (28), com “Dona de Mim”, novela que fala sobre superação e a busca pela felicidade. A estreia do folhetim será dentro da programação especial de 60 horas que comemora os 60 anos da emissora.

A trama gira em torno de Leona, a Leo (Clara Moneke), uma jovem que carrega traumas do passado. Ela arruma um emprego de babá para cuidar da pequena Sofia (Elis Cabral) – filha de Abel (Tony Ramos) e Filipa (Cláudia Abreu), que vive em uma casa cercada por adultos. Esse encontro transforma a vida das duas que, juntas, constroem uma relação de afeto, cuidado e muito companheirismo.

Em “Dona de Mim”, Leo carrega o peso de uma perda gestacional avançada, um trauma que, segundo Rosane, “fez com que ela destruísse tudo da sua vida no passado, a sua volta”. “Ela desistiu do casamento, ela desistiu da faculdade”, explicou a autora, que assinou as tramas de “Bom Sucesso” (2019) e “Vai na Fé” (2023).

Para Rosane, Leo é bem diferente das outras protagonistas que já criou. “É uma protagonista que cai no buraco e precisa sair gigante”, disse a autora, acrescentando que essa característica reflete a evolução das mocinhas na teledramaturgia. “Eu acho que as mocinhas mudaram muito ao longo do caminho e não tem mais como principal propósito o par romântico. Elas estão mais sofisticadas, tem mais camadas”, defendeu.

A autora acredita que o público vai se identificar com a personagem vivida por Clara Moneke. “Ela pode ser um pouco truqueira, mas ela tem um bom coração; ela não quer fazer mal a ninguém. Leo quer ajudar os outros, mas se enrola. Ou seja, ela não é perfeita, que nem todo mundo”, destacou.

Segundo Rosane Svartman, o amor é o ingrediente principal de “Dona de Mim”, algo que já vem no título. “É a gente tomar as rédeas da nossa vida, sabe? Isso tem a ver com autoestima, mas tem a ver com autocuidado e amor próprio”.

A novela mergulhará em temas como maternidade (incluindo a não maternidade e a maternidade não biológica), envelhecimento e padrões de beleza, usando a indústria de lingerie como pano de fundo. A história também vai abordar a questão da saúde mental.

“Faz muito pouco tempo que a gente viveu uma pandemia e a gente saiu disso tudo com uma certa euforia. Eu acho que agora estamos começando a entender o luto e o preço na saúde mental”, contextualizou Rosane, vendo na jornada de Leo uma metáfora para o país “saindo desse buraco”.

A autora completa o raciocínio fazendo uma associação com o slogan “a felicidade sempre encontra um caminho”, usado na divulgação de “Dona de Mim”: “Ela (a felicidade) vem, ela chegará. Personagens diferentes dessa novela vão encontrar a felicidade nas pequenas e nas grandes oportunidades. Eu acho que isso começa por parar, olhar em volta e entender como tudo que a gente vive é tão precioso e tão extraordinário”.