Alexandre Nero, ator, confessou que a versão do vilão Marco Aurélio, no remake de Vale Tudo, está mais “carismática.” Se em 1988, o personagem era frio ao extremo, na releitura se transformou em um vilão “fofo”, que é carinhoso e gosta de crianças.

Era isso que se esperava, né? O mundo mudou e as relações pessoais ficaram mais duras. Só que a Manuela resolveu não fazê-lo tão terrível, e aí surge esse cara carismático, sensível e sedutor”, comentou numa entrevista ao site F5.

“A sedução não tem a ver só com homem e mulher. Tem a ver com fascínio, com encantamento… Os picaretas são extremamente sedutores. Quem vai dar dinheiro para um cara que não é sedutor, né? Políticos são supersedutores”, refletiu.

O ator vai além: ele rejeita o rótulo de vilão do personagem. Alexandre acredita que o empresário tem um lado bom e ruim como qualquer pessoa. “Acho que a dramaturgia brasileira já passou essa fase infantojuvenil, sabe? Essa coisa de vilão ou mocinho. O que estamos querendo mostrar são as humanidades, as pessoas normais que têm seus maus lados e seus bons lados”, explicou.

No resultado do grupo de discussão feito pela Globo, Marco Aurélio virou um dos personagens mais queridos da trama, assim como Maria de Fátima (Bella Campos), Aldeíde (Karine Teles) e Odete Roitman (Debora Bloch). “O trabalho do ator é defender o personagem. O juiz é o público, e eu sou o advogado. A minha defesa é fazer com que as pessoas gostem desse cara. Se quiserem que o odeiem, é com a Manuela (risos)”, pontuou o ator.

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