Hereditário (2018), de Ari Aster, retorna com força ao catálogo da Max, consolidando-se como um dos grandes marcos do terror psicológico do século XXI. O longa acompanha a família Graham — Annie (Toni Collette), Peter (Alex Wolff) e Charlie (Milly Shapiro) — enquanto lidam com o recente falecimento da enigmática avó Ellen. O que parecia ser uma tragédia familiar se transforma em um pesadelo quando eventos sobrenaturais e revelações perturbadoras começam a despontar.

A trama se desenrola como passatempo de duas faces: inicialmente, um drama familiar realista marcado por luto e tensão crescente, e depois, uma imersão em um terror que envolve possessão demoníaca e cultos secretos — culminando na revelação de que Ellen era líder de um culto dedicado ao demônio Paimon, que mira o corpo dos netos como receptáculo.

O impacto emocional do filme é notável. Toni Collette entrega uma das performances mais intensas da sua carreira, retratando Annie em seu desmoronamento psicológico completo — um desempenho reconhecido com aclamação crítica.

Criticamente, Hereditário foi saudado com tomatômetro de 90% no Rotten Tomatoes e metascore de 87 no Metacritic, recebendo elogios por evitar sustos fáceis e apostar em atmosfera e tensão crescente. O roteiro, sinestésico e cheio de camadas simbólicas — como o uso dos modelos de boneca — transforma o enredo em uma metáfora sobre trauma e hereditariedade, reforçando sua singularidade dentro do gênero .

Agora disponível na Max, Hereditário oferece ao público brasileiro a oportunidade de revisitar esse clássico contemporâneo. A produção é um convite para quem busca um terror sofisticado, impactante e que dialoga com temáticas profundas — do peso do luto à inevitabilidade do destino familiar. A experiência atinge o auge com sua atmosfera opressiva e momentos que permanecem na mente muito tempo depois dos créditos finais.

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