O faroeste gótico Jonah Hex, protagonizado por Josh Brolin, chega ao catálogo da Max como uma opção intrigante para quem busca um anti-herói fora do lugar‑comum. Lançado em 2010, o filme é inspirado no personagem homônimo da DC Comics — um pistoleiro deformado que transita entre justiça e vingança em um cenário repleto de violência, morte e justiça questionável.

A história acompanha Jonah Hex, um caçador de recompensas marcado por cicatrizes visíveis e traumas profundos: após sua família ser brutalmente assassinada, ele é capturado e torturado, ganhando habilidades sobrenaturais, como a capacidade de falar com os mortos. Hex aceita perseguições por dinheiro, mas nutre um ódio particular por Quentin Turnbull, interpretado por John Malkovich — o comandante responsável por sua tragédia pessoal.

Ao ser persuadido por um agente do governo, Jonah aceita resgatar o general Stalekar, sequestrado por Turnbull. A missão torna‑se um confronto entre justiça oficial e vingança particular, exaltando o tom moralmente ambíguo que permeia o filme.

Apesar de sua premissa promissora, Jonah Hex enfrentou recepção crítica mista na estreia, acusado de enredo previsível e ritmo irregular. Ainda assim, a atuação de Brolin e o carisma sombrio do protagonista são frequentemente considerados pontos altos, oferecendo uma interpretação convincente de um herói quebrado — ambivalente entre o sangue derramado e a causa nobre.

A ambientação é outro elemento de destaque: cenários áridos do Velho Oeste, figurino fiel à época pós-Guerra Civil americana e atmosfera densa compõem um pano de fundo apropriado. A direção de Jimmy Hayward incorpora momentos de tensão física e elementos sobrenaturais, embora nem sempre encontre a medida certa entre os gêneros.

Para o público da Max, Jonah Hex representa uma oportunidade de revisitar um título que uniu cultura pop e faroeste sombrio. Pode não agradar totalmente a quem busca precisão histórica ou diálogos profundos, mas oferece entretenimento estilizado para fãs de westerns modernos e personagens moralmente complexos. Com uma narrativa carregada de vingança e redenção, o filme tem seu lugar para os espectadores que apreciam anti-heróis em busca de seu próprio código de honra.

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