Os livros podem transformar a maneira como enxergamos o mundo e a nós mesmos. Cada leitura é uma oportunidade de ampliar horizontes, questionar certezas e descobrir novas formas de pensar e sentir. Mais do que uma fonte de entretenimento, são instrumentos que despertam a reflexão, provocam o pensamento crítico e abrem caminhos para o autoconhecimento e o crescimento pessoal.

Nesta seleção, reunimos cinco obras que incomodam no melhor sentido: fazem pensar, rever posturas e olhar a vida com mais profundidade. Aproveite essas leituras que provocam, acolhem e, sobretudo, transformam.

1. Coisa de menino?

Capa de livro com imagem de um homem e uma mulher em preto e branco e uma faixa azul com o título do livro e nos dos autores
No livro “Coisa de menino?”, os autores fazem uma análise sobre a construção da identidade masculina (Imagem: Reprodução digital | Editora Papirus 7 Mares)

O que significa ser homem nos dias de hoje? Contardo Calligaris e Maria Homem se voltam às questões que rondam o masculino, oferecendo uma análise acerca da construção social e histórica da identidade masculina. A obra aborda a complicada relação dos homens com o próprio corpo, explorando aspectos como autocontrole, repressão, misoginia e paternidade. Os autores falam sobre as fantasias masculinas de heroísmo e poder, a dificuldade que o homem tem de lidar com o próprio desejo e com o desejo feminino, além das grandes questões envolvendo amor, sexo e violência.

2. Depois da última lua

Capa de livro rosa com um vaso de planta marrom com duas flores com pétalas vermelhas escrito o nome do autor e título do livro
Em “Depois da última lua”, Inês busca entender seu corpo e sua mente com a chegada da menopausa (Imagem: Reprodução digital | Editora Cortez)

Às voltas com as mudanças no corpo e nas emoções, Inês se depara com o veredicto inevitável: a menopausa. Confusa e com dificuldade de se reconhecer, ela parte em busca de outros sentidos para esse novo momento, entrelaçando sua narrativa à de outras mulheres: a mãe que a acolhe, a prima médica, a melhor amiga, a filha adolescente, entre outras vozes, compondo um mosaico de percepções sobre os ciclos femininos. Nesta obra, Carol Petrolini traz novos olhares para o climatério e a menopausa, momento significativo da vida das mulheres, ainda marcado por silenciamentos e estereótipos.

3. TDAH sem mitos

Capa de livro branca com título do livro e nome dos autores com a ilustração de duas mãos desembaralhando linhas em um bolo de linhas
Em “TDAH sem mitos”, Rox e Rich desmascaram os principais mitos sobre a neurodivergência (Imagem: Reprodução digital | Editora Edipro)

Rox é a esposa com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade). Rich, o marido neurotípico. De forma franca e gentil, esse casal com mais de 2,5 milhões de seguidores nas redes sociais compartilha suas histórias para desmascarar os 10 grandes mitos sobre si mesmo nos quais as pessoas com TDAH acreditam. Os autores mostram como essas crenças tóxicas são o maior desafio para os neurodivergentes, podendo atrapalhar seu desenvolvimento, sociabilidade e bem-estar. Livrar-se desses mitos é o primeiro passo para uma maravilhosa transformação. 

4. As quatro estações da alma

Capa de livro com a título e nome do livro e com a imagem em preto e branco de dois homens
O livro “As quatro estações da alma” traz reflexões sobre as dores e as alegrias da vida (Imagem: Reprodução digital | Editora Papirus 7 Mares)

Esse livro é uma conversa sobre a vida, com as suas dores e alegrias. Unindo o conhecimento e as vivências, o filósofo Mario Sergio Cortella e o psicólogo Rossandro Klinjey falam sobre os desertos que atravessamos no inverno da alma e a importância de acolhermos as angústias e lidarmos com elas. Saber nomear e entender a própria dor é fundamental para conseguirmos organizar os sentimentos e escolher o rumo a seguir. Por isso, não devemos evitar olhar para dentro de nós mesmos e enfrentar — por que não contemplar? — aqueles momentos em que tudo parece mais difícil.

5. Psicologia das massas e análise do eu

Capa de livro laranja com título e nome do autor em branco
No livro “Psicologia das massas e análise do eu”, Freud defende que a psicologia individual e a coletiva não podem ser separadas (Imagem: Reprodução digital | Editora Edipro)

O que mantém coesa uma massa de indivíduos? Como líderes influenciam uma multidão? O que leva aos movimentos políticos de massa? Perguntas como essas são o alvo de investigação de ”Psicologia das massas e análise do eu” (1921), de Sigmund Freud. Nesta obra, o autor defende a impossibilidade de separação entre a psicologia individual e a coletiva, apresentando uma contribuição essencial ao entendimento dos fenômenos de massa. Mais atual do que nunca, essa obra é uma importante ferramenta para os movimentos de transformação sociocultural até os dias de hoje.

Por Ana Paula Gonçalves