Ed Motta, sobrinho de Tim Maia, cantor e compositor, voltou a causar polêmica ao declarar que sofre de uma "censura velada" no Brasil. No sábado (28), o artista concedeu uma entrevista à rádio CBN e afirmou que, quase uma década depois, ainda sente as repercussões de suas declarações feitas em 2015, quando criticou o público brasileiro durante uma turnê pela Europa. As informações são do site Metrópoles.

Há cerca de 10 anos, o músico criticou a postura de brasileiros que compareciam a seus shows internacionais e solicitavam músicas em português, mesmo quando o repertório era todo em inglês. Ele chegou a dizer que o país era uma “terra ignorante” e chamou o público local de “gente simplória”.

Na última sexta-feira (27), um dia antes de realizar um show em São Paulo, em celebração aos 30 anos do disco Manual Prático para Festas, Bailes e Afins, ele comentou que tem sido preterido por contratantes de eventos e festivais.
“Eu tô sem fazer um show desde novembro do ano passado, isso não é normal. Isso é uma retaliação em cima da opinião, é uma forma de censura velada”, ele disse em entrevista à rádio CBN. “É uma forma de censurar. E eu tenho aprendizado com isso. Aprendizado de não repetir essas coisas e me arrependo delas, porque eu não quero colocar a mão no fogo. Eu pago um preço por isso, no Brasil principalmente, né. Fora do Brasil ninguém nem sabe disso”, lembrou ele.

“As minhas entrevistas que eu faço fora [do país] os caras são super radicais: ‘E aí, Ed Motta, o novo jazz, o que você acha?’ Desço a marreta e não tem isso de ‘Vamos acabar com a vida desse gordo porque ele acabou de falar mal do jazz’. Não, não tem essa coisa terceiromundista, não tem. Então, isso é daqui. Eu nunca vi. Esse linchamento por uma relez opinião é muito caipira, é muito jeca”.