Fernanda Valença, influenciadora e noiva do rapper Mauro Davi Nepomuceno, conhecido como Oruam, denunciou que policiais da DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes) entraram em sua residência no Joá, Zona Oeste do Rio, sem identificação adequada. O incidente ocorreu nessa segunda-feira (21) durante operação que resultou no decreto de prisão preventiva contra o rapper.
A Justiça do Rio expediu o mandado de prisão preventiva contra Oruam na manhã desta terça-feira (22) por suspeita de associação para o tráfico. A operação policial buscava um adolescente de 17 anos, apontado como segurança de Edgar Alves de Andrade (Doca), um dos líderes do Comando Vermelho no Rio.
Em seus stories no Instagram, Fernanda descreveu a abordagem: "Em nenhum momento tinham farda. Eu nem sabia o que eles eram. Depois subiram de fuzil, apontaram a arma para minha cachorra, porque ela latiu."
Oruam, filho de Márcio Nepomuceno dos Santos, conhecido como Marcinho da VP, apontado como membro da cúpula do CV, também se manifestou em vídeo nas redes sociais. Ele filmou o delegado Moyses Santana, titular da DRE, e afirmou: "Tem mais de 20 viaturas na minha casa. O mesmo delegado que me prendeu. Eu estava saindo e colocaram a pistola na minha cara. Claro que ele vai querer prender nós (sic) porque nós é filho de bandido."
Durante a operação, uma pessoa foi detida por desacato, resistência, lesão corporal e dano ao patrimônio público. O adolescente procurado, que chegou a ser colocado em uma viatura, fugiu durante o tumulto. Segundo a Polícia Civil, o cantor teria fugido com o menor para a comunidade da Penha.
O adolescente é apontado como um dos fundadores da "Equipe do Ódio", grupo especializado em roubos de veículos que atua em diversas regiões como Madureira, Quintino, Cascadura, Brás de Pina, Vila da Penha e Barra da Tijuca.
Em fevereiro deste ano, Oruam foi detido por abrigar em sua residência Yuri Pereira Gonçalves, um traficante foragido. Na semana anterior, ele havia sido detido na orla da Tijuca após realizar um "cavalo-de-pau" diante de uma viatura policial, sendo liberado após pagar uma pensão alimentícia de R$ 60 mil.
O secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi, declarou ao programa Bom Dia Rio, da TV Globo, que Oruam será indiciado por associação para o tráfico. O adolescente, alvo da operação, foi classificado pelo delegado como "marginal da pior espécie e ligado ao Comando Vermelho".
Em outro momento nas redes sociais, o rapper escreveu: "Até agora não sei o que está acontecendo", e afirmou ser "filho do Marcinho".