O médico Luiz Antonio Garnica, que responde por acusação de envenenar a esposa Larissa Rodrigues, não pode receber visitas de sua amante na Penitenciária de Serra Azul, no interior de São Paulo. Transferido para a unidade há duas semanas, Garnica enfrenta restrições quanto às pessoas autorizadas a visitá-lo.

A impossibilidade da visita ocorre porque a amante não possui vínculo formal com o detento. O processo para obtenção da carteirinha de visitante no sistema prisional pode levar até 40 dias para ser concluído, conforme informações do Ministério Público.

"Ela não tem união estável com ele, não é esposa e também não é parente. Sob o aspecto legal, ela não tem direito", declarou o promotor Marcus Túlio Nicolino sobre a situação da amante.

A investigação aponta o relacionamento extraconjugal mantido pelo médico como um dos possíveis motivos para o crime contra sua esposa. As autoridades consideram que este envolvimento pode ter sido fator relevante para o envenenamento de Larissa Rodrigues.

Garnica permanece isolado na penitenciária enquanto aguarda os desdobramentos do processo judicial. Seus familiares também precisam aguardar a emissão da carteirinha de visitação, seguindo os procedimentos padrão do sistema penitenciário paulista.

Mãe do médico também foi presa

A mãe de Garnica, Elizabete Arrabaça, de 67 anos, também foi presa por suspeita de envolvimento na morte da professora Larissa Talle Leôncio Rodrigues. A vítima, de 37 anos, foi encontrada sem vida em 22 de março no apartamento em que morava com o marido na zona sul de Ribeirão Preto, em São Paulo.

Exames toxicológicos detectaram a presença de chumbinho no organismo da professora, levando à reclassificação do caso para homicídio qualificado. A morte da veterinária Nathália Garnica, filha de Elizabete e irmã de Luiz, inicialmente registrada como natural, está sob investigação.