A atriz Sydney Sweeney, de 27 anos, chamou atenção ao estrelar mais uma campanha publicitária polêmica, desta vez da marca de jeans American Eagle. O anúncio apresenta um jogo de palavras entre "jeans" e "genes" que muitos usuários associaram a conceitos de eugenia e objetificação feminina.

A publicidade destaca características físicas da atriz, como cabelos loiros, olhos azuis e corpo curvilíneo. Em um trecho do comercial, a marca sugere que Sydney "tem um jeans ótimo", criando um trocadilho que pode ser interpretado como referência tanto à roupa quanto à sua genética.

Os genes são passados de pais para filhos, muitas vezes determinando traços como cor do cabelo, personalidade e até mesmo a cor dos olhos. Meus genes são azuis", declara Sydney no vídeo. Críticos associaram esta última frase à expressão "sangue azul", historicamente utilizada para designar pessoas de linhagem nobre na Europa medieval.

Apesar das críticas nas plataformas digitais, a American Eagle registrou resultados comerciais positivos. Segundo a Vanity Fair americana, as vendas da marca aumentaram cerca de 10% após o lançamento da campanha, gerando aproximadamente 200 milhões de dólares em receita.

Em sua comunicação oficial, a American Eagle afirma que a iniciativa visa promover "a conscientização sobre a violência doméstica, pela qual Sydney é apaixonada". A empresa também promete que, "em apoio à causa, 100% do valor da compra de 'The Sydney Jean' será doado à Crisis Text Line, uma organização sem fins lucrativos que oferece suporte gratuito, 24 horas por dia, 7 dias por semana, em saúde mental para qualquer pessoa necessitada".

Contradição

Críticos apontam uma contradição na campanha: enquanto se propõe a apoiar causas sociais, o anúncio apresenta a atriz em poses sensualizadas, com ênfase em seus atributos físicos. A controvérsia também envolve comparações com um comercial da Calvin Klein dos anos 1980, que apresentava elementos sensuais e menções a fatores genéticos, protagonizado por Brooke Shields aos 15 anos.

Alguns observadores classificam a campanha como "anti-woke", termo que caracteriza conteúdos vistos como provocativos a grupos progressistas. As seções de comentários nos perfis oficiais da marca e da atriz receberam mensagens críticas de usuários insatisfeitos.

Até o momento, nem Sydney Sweeney, nem a American Eagle se manifestaram oficialmente sobre as críticas recebidas.