A empresa Super Sounds — responsável pela turnê "Ivete Clarerou", na qual Ivete Sangalo homenageia a cantora mineira Clara Nunes (1942-1983) —, rebateu o Grupo Clareou, que acusa de uso "indevido" da marca.
Em nota enviada compartilhada nas redes sociais, a banda afirmou que tentou resolver a situação de "forma amigável", mas não teve sucesso.
"Diante da repercussão entre o público e da confusão gerada especialmente entre os fãs do samba e do pagode, o grupo tentou resolver a questão de forma amigável, buscando diálogo com a equipe de Ivete Sangalo. No entanto, não houve acordo. A equipe da artista persistiu no uso não autorizado da marca e, ainda, protocolou junto ao INPI pedidos de registro das marcas "Clamou" e "Ivete Clareou" na mesma classe de Nice já ocupada legalmente pelo Grupo Clareou, tentativa que configura uma clara violação de direitos marcários", diz um trecho da nota.
Já a Super Sounds alegou que decidiu encerrar contato com a banda de pagode após receber proposta com "valores astronômicos" e afirmou que o uso da marca "Ivete Clareou" é legítimo e não configura qualquer violação a direitos de terceiros, já que o registro efetuado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) é "Grupo Clareou" - e não "Clareou", como os artistas alegaram em nota.
A reportagem apurou o registro no banco de dados do INPI e confirmou que de fato a marca está registrada desde 2010, mas como "Grupo Clareou" e não somente "Clareou".
"A marca registrada é "Grupo Clareou" , o que não lhe confere direito de exclusividade quanto ao uso da palavra “Clareou”, isoladamente ou em conjunto com outras", disse a Super Sounds em nota enviada à imprensa.