Longe dos palcos desde 2013, o Barão Vermelho volta à estrada para comemorar os 36 anos de trajetória com duas mudanças na formação mais recente do grupo. Se a saída do vocalista Roberto Frejat já era esperada pelos membros, a perda do percussionista Peninha (1950-2016), morto em setembro do ano passado, pegou todos de surpresa. “Foi muito triste, porque o Peninha estava doido para voltar com a banda, era um dos que mais falava disso com a gente. Peninha era um cara fantástico, um músico excepcional, que tocou com Johnny Alf, Gal Costa, Sivuca”, elogia o guitarrista Fernando Magalhães que, ao lado de Guto Goffi, Maurício Barros e Rodrigo Santos, reencontra a plateia no show deste sábado (15), às 22h, no Km de Vantagens Hall.
A outra novidade, claro, será a presença de Rodrigo Suricato à frente dos vocais. “Ele é um sujeito corajoso, peitudo, que acredita no taco dele, e já trouxe elementos novos para o Barão, ele é multi-instrumentista. Então, adaptamos alguns arranjos, apesar de o Suricato estar cantando tudo nos mesmos tons”, garante Magalhães.
Repertório. A noite será regada por sucessos, com músicas que abrangem todas as fases do conjunto, entre elas “Pedra, Flor e Espinho”, “Por Que a Gente É Assim?”, “Por Você”, “Pro Dia Nascer Feliz” e “Beth Balanço”. “Essa turnê é para a gente ir se entrosando novamente e também azeitando as coisas com a presença do Suricato. Sempre achei um desperdício o Barão estar parado. Em todas as apresentações que fazíamos em nossas carreiras individuais o público clamava por essa volta. É uma energia muito forte que a gente recebe e transmite”, sublinha Magalhães.
Porém, a novidade também dará o tom. “Vamos apresentar uma versão inédita para ‘Brasil’ (Cazuza, Nilo Romero e George Israel), com uma pegada bem roqueira. É engraçado, porque pode parecer oportunismo devido à situação do país, mas vínhamos pensando nisso muito antes, pela força da música e a ligação com o Cazuza, que está na história do Barão”, aponta o guitarrista.
Trajetória. Outra atração do show será um telão em que imagens de arquivo que marcaram a trajetória da banda serão transmitidas para a plateia. Veiculado no mês de maio pelo canal Curta!, o documentário “Por Que a Gente É Assim?” conta parte dessa história iniciada na garagem da casa dos pais do tecladista Maurício Barros.
“É curioso porque você está ali dentro, vivendo tudo, e muitas vezes não se dá conta da importância dos momentos. Eu, particularmente, fiquei comovido com o filme, porque é um registro honesto, que não esconde as brigas nem sublima os méritos que também tivemos”, ressalta Magalhães.
O longa encerra com uma dedicatória a Ezequiel Neves (1935-2010), Cazuza (1958- 1990) e Peninha. Magalhães comenta sua relação com os amigos saudosos. “Entrei na banda logo que o Cazuza saiu, então na primeira vez que a gente se encontrou, num show do Barão no Circo Voador, eu fui até ele para falar que tinha gostado do ‘Exagerado’, que ele tinha acabado de lançar, mas aí ele me deu uma esnobada. Muito tempo depois, num show que o Barão fez em BH e que foi o último que o Cazuza cantou, numa participação especial, ele me tratou super bem, foi muito carinhoso”, recorda o músico, que repete as palavras afetuosas para o “descobridor” e antigo produtor da banda. “Ezequiel era uma ‘figuraça’, muito engraçado, inteligente, e a produção não tinha nada de técnica, era totalmente conceitual”, sustenta Magalhães, que indica um álbum de inéditas do grupo para breve. “Vamos começar a alinhar depois da turnê”, promete.
Serviço. Barão Vermelho 36 anos, sábado (15), às 22h, no Km de Vantagens Hall (av. Nossa Senhora do Carmo, 230, São Pedro, 3209-8989). De R$ 40 a R$ 130)
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