PLANETA BRASIL

Criolo se destaca como um dos pontos altos da tarde no Planeta Brasil

Fãs vieram de todo o Brasil curtir os shows mais aguardados, como Guns N'Roses e B-Real of Cypress Hill

Por Carlos Andrei Siquara
Publicado em 22 de março de 2014 | 18:00
 
 
 
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O chapelão de praia avistado de longe era uma ajuda para alguns suportarem o sol enquanto os portões que dão acesso à esplanada do Mineirão, onde acontece a quinta edição do Planeta Brasil, fossem abertos. Com um atraso de mais de 1h, o evento começou quase às 14h, quando o previsto era 12h, com o show da Chula Rock Band, no espaço Planeta.

De acordo com a assessoria de imprensa, a demora foi causada pela necessidade de ajustes nos palcos solicitados pelos músicos. A espera, contudo, não desanimou quem foi ver seus ídolos. Jovens e adultos, que já na fila demonstravam ansiedade para ver a principal estrela da noite, o grupo Guns N'Roses, revelaram alívio ao adentrar o local. "Não me interessa se houve atraso agora ou se virá ainda depois. Eu só saio daqui depois de ver e ouvir o Axl!", disse a adolescente Bárbara Azevedo Estrela, 16, que revelou conhecer o roqueiro desde a infância. "Meu pai escutava sempre várias música deles e desde então me apaixonei. Estou aqui pelo Guns", completou Estrela.

Ao seu lado, Rodrigo Dias, 17, não escondia também a euforia. Animado com a expectativa pela apresentação dos norte-americanos, ele fez uma única ressalva: "Espero que o show de hoje seja melhor que o de 2010. Naquele ano, no Mineirinho, o Axel não estava cantando muito bem e a acústica do lugar não ajudou", cutucou o fã. Eduardo Lincoln Rodrigues, 33, e já colado na grade que separa o palco rock da plateia reverberava apenas otimismo: "Eu vi. por meio de vídeos na internet, que o show de Axl recentemente no Rio de Janeiro foi espetacular. Acho que ele não fará nada menor aqui", opinou Rodrigues, que foi ver um de suas bandas favoritas pela primeira vez.

Embora grande parte foi lá para ouvir hits como "Patience" e "Sweet Child O'Mine", do headliner do festival, entre outros clássicos, houve quem esteve lá especialmente em razão dos artistas nacionais. Diego Ildefonso, 20, e uma turma de outros três amigos, todos vestidos com camisas estampando o nome Raimundos, por exemplo, aguardavam os punks de Brasília. "Estamos aqui pelos Raimundos. Apesar desses anos todos de estrada, a música deles continua bastante a mesma", pontua Ildefonso sobre a banda que trouxe no repertório canções do novo disco "Cantigas de Roda".

Outro que figurava entre os mais aguardados do evento era o rapper Criolo. No palco Planeta, após Wilson Sideral, Preto Massa e Black Sonora mostrarem seus trabalhos, o músico paulista atraiu um grande número de pessoas e abriu seu show, por volta de 15h50, com a canção "Duas de Cinco". Um dos pontos altos de sua performance foi a interpretação de "Não Existe Amor em SP", que levantou o público, cantando em coro. Em sequência ele dirigiu suas primeiras palavras à plateia, agradecendo a todos. "Obrigado pela honra de estar aqui", declarou. Vestido com uma bata branca, no estilo oriental, sobre uma calça azul, o artista derramou homenagens a Bob Marley (1945-1981) em tom messiânico em seguida. "De tempos em tempos ele surge no planeta para pregar a paz e o amor", disse antes de abrir um canga de praia com a imagem do cantor e compositor jamaicano. A fala foi uma deixa para cantar "Samba Sambei" que traz na letra o refrão "Samba assim, samba sambei/Mas não esqueci das palavras do rei". Mais uma vez ele levou o público ao êxtase.

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