Um dos nomes mais expressivos da música instrumental brasileira a serviço de um repertório notabilizado pela voz de uma das maiores cantoras que o país já teve " ou a maior, na opinião de muita gente entendida no assunto. É o que o público vai poder conferir no show que Carlos Malta apresenta hoje à noite, no Museu de Arte da Pampulha.
Acompanhado por Írio Júnior (piano), Augusto Mattoso (baixo) e Kesso Fernandes (bateria), ele desfila um roteiro musical que tem como base as músicas registradas no seu álbum "Pimenta", de 2000, feito em homenagem a Elis Regina.
No repertório, músicas tornadas célebres pela Pimentinha, como a cantora era conhecida, ganham roupagem jazzística. Malta ressalta que, ao centrar foco na obra gravada por Elis, homenageia, por tabela, alguns dos maiores compositores da MPB.
"São músicas que considero jovens clássicos. Coisas que a gente vai tocar, como "Águas de Março", "Chovendo na Roseira", ambas do Tom, ou "Cais", do Milton Nascimento, são, para mim, tão clássicas quanto obras de Bach ou de Ravel. Se você tocar "Brasileirinho", por exemplo, em qualquer lugar do mundo, as pessoas vão reconhecer. Na época de Mozart, o que ele fazia era popular. A gente tem que considerar que o Brasil é um país jovem e sua música, conseqüentemente, também é", opina.
Ele adianta que, no dia 3 de junho, volta a Belo Horizonte para apresentar o repertório de seu mais recente álbum, "Paru", que gravou com seu grupo Pife Muderno, de tom mais regional que jazzístico.
AGENDA " Show "Pimenta", de Carlos Malta, hoje, às 21h, no Museu de Arte da Pampulha (av. Otacílio Negrão de Lima, 16.585, Pampulha, 3277 7996). Ingressos a R$ 10.