Música e afeto

Projeto realiza oficinas e rodas de pandeiro para mulheres em praças de BH

Encontros gratuitos são realizados sempre aos sábados e o encerramento das atividades será no dia 16 de abril, no Parque Municipal

Por O TEMPO
Publicado em 21 de março de 2022 | 14:25
 
 
 
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Idealizado pelas artistas e multi-instrumentistas Manu Ranilla, Anna Lages e Luísa de Paula, o projeto As Panderista – Rodas de Pandeiro vai promover o encontro de mulheres por meio da música, sempre aos sábados, contemplando interessadas de todas as idades com a realização de encontros em três praças de Belo Horizonte - Praça Ramatis (bairro Aparecida), Praça Cristo Reina (Barreiro) e Praça Carlos Marques (bairro Calafate). Podem participar Instrumentistas iniciantes e com conhecimentos intermediários ou avançados.

Os encontros gratuitos começaram no útlimo sábado (19) e também serão realizados simultaneamente no próximo sábado (26) e nos dias 2 e 9 de abril, sempre de 10h às 12h. O encerramento está marcado para o dia 16, de 14h às 16h, no Parque Municipal, na região central de Belo Horizonte, com participação da cantora e instrumentista mineira, Nalú Pimenta.

As oficinas são ministradas por Manu Ranilla, Anna Lages e Luísa de Paula. Os encontros proporcionam às participantes noções básicas do pandeiro a partir de ritmos da música brasileira, bem como o processo de fabricação do instrumento a partir de materiais alternativos e acessíveis ao grande público. Não há número limitado de vagas para as oficinas, embora as organizadoras esperem cerca de 20 participantes por praça. As atividades contam com intérpretes em Libras.

A fundadora da roda das Panderista é Manu Ranilla, “pandeirista, tamborzeira e cantautora”, como se define a artista que participa de diversos projetos musicais na cidade, entre eles o Coletivo Negras Autoras.

A idéia surgiu quando a musicista deu aulas no Tambor Mineiro e percebeu a necessidade de realizar encontros reservados apenas às mulheres, como conta Anna Lages: “Os encontros começaram em 2016 e a Manu percebeu que isso poderia ser maior e atingir outras mulheres. Cheguei agregando um pouco com as brincadeiras, que têm a ver com o canto, eu já tocava com ela, então dei esse suporte na roda”.

Segundo Anna, o pandeiro é o motivo que move o projeto e as rodas se tornaram lugares muito especiais de troca. “Sempre acontecem conversas muito profundas, as mulheres se sentem muito à vontade. O pandeiro tornou-se um símbolo dessa possibilidade da mulher ser instrumentista”, ressalta. 

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