Visibilidade

Refazenda Rio Xopotó abre espaço para a arte de mulheres negras e indígenas

Primeira residência artística, que pode se tornar anual, começou em 10 de agosto e termina na próxima sexta (10)

Por Da redação
Publicado em 08 de setembro de 2021 | 14:39
 
 
 
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A primeira residência artística da Refazenda Rio Xopotó, localizada na zona rural de Desterro do Melo, na região central de Minas Gerais, chega ao fim nesta sexta-feira (10). Ao longo de um mês, o projeto, realizado pelas produtoras Patrícia Durães e Aniké Pellegrini, reuniu mulhares artistas negras e indígenas e propôs um diálogo “sobre como pensar em um amanhã possível através de suas existências artísticas”.

Luana Carvalho, Mayara Amaral, Mayara Smith, Natali Mamani e Tania Sahire participam dessa edição inaugural do projeto. A liberdade de criação coletiva por meio do contato com a natureza foi um dos nortes dessa experiência, que teve início em 10 de agosto e contou com a curadoria de Bárbara Alves, fundadora do portal Descolonizarte, que divulga a obra de artistas racializados de todas as partes do mundo.

A residência ofereceu, além da hospedagem e todo o material de trabalho, ajuda de custo, alimentação orgânica, passeios para reconhecimento do território da região, como trilhas e cachoeiras, apresentação dos produtores agrícolas locais, visitas às cidades da região e contato com a cena artística mineira durante a Semana Criativa de Tiradentes. O projeto também contou com a participação de Thayná Paulino, cozinheira convidada para a temporada e que ficou responsável pela parte nutricional e de alimentação das artistas e equipe.

Patrícia Durães, que pretende tornar o projeto anual, diz que realizar a primeira residência artística da Refazenda Rio Xopotó tem sido “uma experiência muito forte de construção de algo que acreditamos ainda não existir no Brasil”.

“Fortalecer a arte feminina negra e indígena no momento atual diz muito sobre o mundo que quero que minhas filhas vivam, de potência, de liberdade de expressão, de inspiração e coragem. Com os resultados dessa primeira edição quero torná-la anual e expandir para outros gêneros e quem sabe, assim, possamos impactar também o nosso território com festivais, exposições e oficinas. Sonhar é válido”, acrescenta a produtora.

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