Tudo começou com um sonho, em 2016. “Ele veio sob o contexto de pessoas com poderes latentes para superar as dificuldades representadas pela personalidade, o “eu animal” do ser humano. Sonhei que cada uma das sete dimensões interiores era um personagem, dotado de vontades próprias, gostos; enfim, de um jeito particular e de uma missão. Daí tive a ideia de criar uma aventura filosófica baseada nessa visão de mundo, e nasceu “As Sete Maravilhas do Ser Humano” (Hanoi Editora)”, comenta Yuri Barcellos Galli, escritor, poeta e professor de filosofia da Organização Internacional Nova Acrópole, de Filosofia, Cultura e Voluntariado.
O conceito central do livro, observa o filósofo, “é a constituição septenária, uma forma de enxergar o ser humano idealizada há muito tempo e lapidada no decorrer da história por civilizações como Índia e Egito. É uma metáfora para a saga humana e tem como inspiração a visão indiana sobre a constituição do ser humano, na qual somos compostos por sete dimensões: física, energética emocional, mental concreta, mental pura (manas), intuicional (buddhi) e vontade divina (atma). Por ter essas sete dimensões, é chamada de ‘constituição septenária’, que pode ser aplicada não só ao ser humano, mas a toda vida, segundo essa tradição”.
Galli revela que o livro se aprofunda um pouco mais. “Podemos aprender que as quatro dimensões inferiores, simbolizadas por um quadrado e que compõem a nossa personalidade, são a nossa parte mortal. Porém, segundo nos propõe a sabedoria indiana, teríamos também uma parte imortal, representada por um triângulo que abarca as três dimensões superiores”, detalha.
O filósofo explica que a teoria da constituição septenária é um conceito filosófico “que ilustra a complexidade da natureza humana e demonstra como diferentes aspectos da existência interagem entre si. Antigas tradições filosóficas tinham uma visão muito abrangente sobre o que é o ser humano e qual é a sua função aqui neste mundo”.
Essa visão, diz ele, “traçava uma rota desde nossa origem, passando pelo ponto onde estamos e dando uma visão de para onde estamos indo com nossa vida. Uma dessas tradições é a indiana, que abre muito o leque da nossa expressão e compreensão, além de permitir que vejamos o ser humano em muitos matizes que em outras visões muitas vezes ficam difusas”.
O filósofo afirma ainda que, em nossa atual etapa de evolução, “tudo isso acontece dentro das nossas mentes, portanto a evolução do ser humano se dá em uma transmutação da mente. Teríamos que nos desidentificar de toda a perecibilidade da matéria, da efemeridade da personalidade, e nos identificar com a eternidade do espiritual, que está mais relacionada com o que realmente somos”.
E emenda: “Essa é a diferença entre a mente de desejos e a mente pura para os indianos. Em realidade, é uma só mente, porém que tem duas possibilidades: ficar presa ao material pelos desejos ou se purificar ao se identificar com o que é transcendente. E o mais transcendente no nosso interior seria uma chispa divina, uma luz do céu, uma fagulha da grande chama da vida”.
A jornalista Ana Elizabeth Diniz escreve neste espaço às terças-feiras. E-mail: anabethdiniz@gmail.com
Aventura pelo sentido da vida
A narrativa do livro, Yuri Barcellos Galli, é, “na verdade, uma versão lúdica do que nos contam todas essas tradições antigas: o humano é um ser multifacetado, cheio de vozes interiores, cada uma com seus motores. Porém, essas vozes ou motores têm uma missão clara: levar o ser humano a evoluir rumo à eternidade e à reunião com seu Criador, seja ele quem for”.
Pergunto como podemos reconhecer “atma”, nossa essência verdadeira. “Reconhecendo-se como uma gota de um imenso oceano, reconhecendo-se como parte de um todo, o que exige certo desapego de si mesmo. Toda a tradição oriental vai nos falar da importância desse desapego, que intimamente está relacionado com o medo que temos de deixar de ser a gota que somos ao nos percebermos no oceano”.
Galli sugere “que olhemos por outro lado: a percepção da eternidade em nós faz com que ganhemos toda a potência do oceano, sem deixar de ser gota”. “Deixo aqui, então, um convite especial para que leiam ‘As Sete Maravilhas do Ser Humano’, que fala da maravilhosa aventura pelo descobrimento de nós mesmos, de nossas dimensões interiores, do nosso sentido de vida profundo”, propõe. (AED)
Lançamento
“As Sete Maravilhas do Ser Humano”
Yuri Barcellos Galli
Editora Hanoi
254 páginas
R$ 60
União com a consciência de Madalena
Maria Madalena, a mulher do manto vermelho, um dos mais importantes arquétipos do sagrado feminino, tem um dia consagrado a ela: 22 de julho. Para honrá-la, a Casa das Matryoshkas em Belo Horizonte, sob a coordenação de Heloísa Monteiro, especializada em psicologia transpessoal pela Associação Luso-Brasileira de Psicologia Transpessoal, programou a vivência presencial “Sincronização com a consciência Madalena” (ver agenda).
“Maria Madalena é uma consciência de luz que incorpora códigos de frequências elevadíssimas e essenciais para que o planeta e a humanidade possam dar o salto quântico. Essa consciência de luz sempre esteve no meio de nós, mas só era acessada por muito poucos. No momento, há uma abertura para a sincronização dessa elevada energia, que se dá por meio do coração e do poderoso portal multidimensional, que dá acesso a outras dimensões”, explica Heloísa.
Ela ressalta que durante a vivência vai conduzir uma meditação “visando ativar um estado de consciência (consciência Madalena) em que os participantes poderão sentir a profunda conexão entre todos os seres do universo, gerando o sentimento de fusão e de integração com o todo, a partir da expansão do chacra cardíaco”.
A terapeuta transpessoal ensina que “o coração, com sua energia magnética, vibra no campo das infinitas possibilidades, recebendo as emanações da consciência Madalena, cujas partículas vão adentrar cada célula dos corpos daqueles que se abrem para o processo”.
Nesse encontro, a terapeuta do som Thania Mundim fará uma apresentação especial, tocando o gongo para facilitar a imersão na frequência de Maria Madalena. No encerramento, os participantes serão convidados a expressar, por meio de pintura com guache, as percepções que tiveram.
AGENDA: A vivência “Sincronização com a consciência Madalena” acontece no próximo dia 22, às 19h30, na Casa das Matryoshkas, na avenida Prudente de Morais, 135, sala 205, Santo Antônio. Vagas limitadas. Inscrições: (31) 99916-4072.