Formada em Cinema e trabalhando com comunicação, a virada na vida de Simone Caldas aconteceu em 2011, quando um amigo a inscreveu em um concurso de culinária do SENAC. Ela venceu e ganhou uma bolsa. Isso a levou a mergulhar de vez na gastronomia, com passagens pelo Le Cordon Bleu, uma das escolas mais renomadas do mundo.
Para a chef Simone Caldas, a comida é mais que sustento; é afeto e história. Sua culinária no Mandacaru, seu restaurante em BH, une as cozinhas nordestina e mineira, com um toque francês. Essa fusão é justificada por sua origem familiar: pai nordestino e mãe mineira.
Com a pandemia, a partir de 2020, o mundo se fechou, e as coisas para a chef também. Ela passou por momentos de dificuldade, até se reinventar pessoal e profissionalmente, encontrando nas panelas a força para superar a depressão.
O Mandacaru
O restaurante, que leva o nome de uma planta que remete à resiliência do sertão, é a concretização de um sonho de mais de dez anos. O Mandacaru aposta em pratos com produtos como tapioca, costelinha, jerimum, quiabo e frutos do mar, e oferece uma proposta de "comida de verdade", com foco em memória e identidade.
Essa abordagem mostra que a sua culinária é muito mais profunda do que apenas o preparo de alimentos, como reflete a sua própria frase: "cozinheiro que não tem memória, não tem história para contar, não tem sabor para apresentar."
A entrevista completa ao jornalista Léo Mendes vai ao ar no canal de O TEMPO no Youtube no próximo sábado, 16 de agosto, às 14h. E também estará disponível no Spotify.