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Desperdício no paraíso

Falta trabalho e sobra política nas embaixadas do Caribe

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PUBLICADO EM 23/07/13 - 03h00

Localizadas em um cenário cinematográfico, as embaixadas do Brasil em cinco ilhas caribenhas – Barbados, Trinidad e Tobago, Granada, Santa Lúcia, São Cristóvão e Névis – têm características muito semelhantes, mas talvez a que mais chame a atenção seja a ociosidade, que custa aos cofres brasileiros cerca de R$ 9,15 milhões anuais.

A quantidade de visitantes brasileiros não é registrada porque não é necessário visto, mas as próprias embaixadas informam que o número é irrelevante. Os turistas, normalmente integrantes de cruzeiros que viajam por toda a região do Caribe, nem chegam a desembarcar nessas ilhas. Também não existe demanda relacionada aos brasileiros que residem lá – cerca de 160 apenas. A maioria trabalha nessas localidades ou se casou com nativos. Assim, a procura por certidões, passaportes e outros documentos, que é a função primordial de uma embaixada, é quase inexistente.


Entretanto, os embaixadores justificam a existência das representações pela necessidade de aproximação entre o Brasil e os países do Caribe, o que confirma a intenção do governo petista de estabelecer uma hegemonia nas Américas do Sul e Central em parceria com outros países, como Cuba e Venezuela, reforçando assim a chamada política bolivariana, que pretende criar um bloco de gestões de esquerda no eixo Sul-Sul em oposição às relações com o hemisfério Norte.Os discursos dos embaixadores são muito parecidos e apontam para “a importância de o Brasil se colocar como uma alternativa para as ilhas do Caribe”, que, até o momento, têm como referência os Estados Unidos e os países europeus colonizadores – Inglaterra e França.

Rádio Super

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