Caça-Fake
Zema diz que vereador barrou aumento do ISS em BH e erra
Candidato afirmou que Mateus Simões (Novo) impediu a alta de impostos
31/08/18 - 03h00
Romeu Zema, candidato ao governo de Minas Gerais pelo partido Novo, foi o terceiro a participar da série de sabatinas realizada pela Sempre Editora. Na quarta-feira (29), o postulante ao Palácio da Liberdade foi entrevistado por jornalistas de O TEMPO, do jornal Super Notícia e da rádio Super Notícia 91,7 FM. A agência Caça-Fake, um projeto de checagem de informações, acompanhou a sabatina do candidato.
Durante a entrevista, Zema afirmou que, se eleito, pretende fazer mudanças profundas na forma de administrar a máquina pública. Para justificar a renovação da gestão, Zema citou como exemplo a atuação do vereador Mateus Simões (Novo), na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH).
Segundo o candidato, no ano passado, o parlamentar defendeu a reprovação do Projeto de Lei (PL) 387/2017. A proposta tinha o objetivo de elevar o Imposto Sobre Serviços (ISS) de 3% para 5% de algumas atividades. “Alguns deputados nossos, lá dentro da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), da mesma forma que o Mateus Simões na Câmara de vereadores, vão fazer uma senhora mudança. O Mateus, no ano passado, foi o único voto contrário ao aumento do ISS no primeiro turno. No segundo turno, ele conseguiu barrar o aumento do ISS”, disse Zema. Entretanto, a afirmação não está totalmente correta.
De fato, o vereador citado foi o único no primeiro turno a defender a rejeição do PL 367/2017, que é de autoria do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS). Porém, no segundo turno, o projeto foi aprovado e, após negociação com empresários do ramo de tecnologia, cinco serviços da área ficaram fora da elevação do tributo.
Por fim, o PL foi aprovado em segundo turno, e a decisão, publicada no “Diário Oficial do Município” (“DOM”) no dia 24 de outubro do ano passado. A lei foi sancionada pelo prefeito de Belo Horizonte no dia 13 de novembro. Dessa forma, a fala de Romeu Zema na sabatina realizada nesta quarta-feira está incorreta.
Por meio de sua assessoria, Romeu Zema retificou a afirmação. “O que eu quis dizer é que o Mateus Simões e mais dois vereadores votaram contra o projeto no segundo turno, e eles conseguiram barrar não o projeto, mas os cinco serviços que seriam tributados, ligados à tecnologia”, defendeu Zema.
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