Áurea Carolina aposta na proximidade com problemas de BH em primeira agenda

No primeiro dia oficial de campanha, a deputada federal Áurea Carolina (PSOL) e Leonardo Péricles (UP), que disputam a Prefeitura de Belo Horizonte, apostaram em um discurso reforçando a proximidade de ambos com os problemas que atingem a capital mineira. O ato, que foi transmitido pelas redes sociais e durou pouco menos de 15 minutos, também foi marcado por críticas a setores da  esquerda. O evento foi realizado na Praça da Estação, na região central.

“Essa é uma chapa de gente que luta, de gente que tem uma história de conhecer de perto os problemas de Belo Horizonte. É gente do povo. Imagina só a gente ocupando a Prefeitura de BH”, disse Áurea, durante a transmissão, destacando que a chapa, que é composta por PSOL, UP e Partido Comunista Brasileiro, pretende assegurar direitos básicos à população.

“Uma cidade que tenha uma política de mobilidade urbana, em que as pessoas possam ter o direito de ir e vir sem ter que pagar muito e sem sofrer nenhum tipo de violência, que pode ser um bom lugar da cultura viva, e que as pessoas tenham direito à moradia, à saúde e à educação assegurados”, enfatizou, agradecendo ao apoio que sua chapa recebeu de movimentos que reúnem ciclistas da capital e pontuando que esses são temas que vêm sendo trabalhados pelos postulantes há um certo tempo.

Leonardo Péricles, por sua vez, reforçou que a chapa pretende se aproximar dos problemas sociais da capital e ainda fez críticas a parte da esquerda. “Nossa frente tem uma característica importante. Parte da esquerda infelizmente se distanciou da periferia. Estamos aqui para retomar esse espaço, para voltar de um lugar que nunca saímos. É o lugar onde está a maioria do nosso povo, as mulheres e homens negros, a juventude que vem passando por retirada de direitos”, disse, referindo-se às periferias da capital

Ainda de acordo com Áurea, a Praça da Estação não foi escolhida de forma aleatória para o pontapé de sua campanha. “Foi palco de tantos encontros, de tantas lutas e de tanta alegria, mas de tantas dores também. Vimos num telão a transmissão do golpe contra a democracia em 2016 e vimos também florescer o Praia da Estação”, disse, referindo-se ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e ao protesto realizado em 2016 e que é considerado como o marco do surgimento do carnaval de rua da capital mineira.

O evento contou com a presença de Renata Regina, presidente municipal do PCB e de outras lideranças do PSOL, a exemplo da deputada estadual Andrea de Jesus e da vereadora por Belo Horizonte, Bella Gonçalves.